Agências de notícias russa e iraniana unidas para combater “hegemonia ocidental”

epa10717433 A Spaskaya tower of the Moscow Kremlin is seen behind the fences on the closed entrance to the Red square in Moscow, Russia, 29 June 2023. On 24 June, counter-terrorism measures were enforced in Moscow and other Russian regions after private military company (PMC) Wagner Group chief Yevgeny Prigozhin claimed that his troops had occupied the building of the headquarters of the Southern Military District in Rostov-on-Don, demanding a meeting with Russia's defense chiefs. Belarusian President Lukashenko, a close ally of Putin, negotiated a deal with Wagner chief Prigozhin to stop the movement of the group's fighters across Russia, the press service of the President of Belarus reported. Prigozhin announced that Wagner fighters were turning their columns around and going back in the other direction, returning to their field camps. EPA/SERGEI ILNITSKY

Madrid, 12 ago 2023 (Lusa) - A agência noticiosa russa Sputnik e a congénere estatal iraniana Tasnim assinaram um acordo de cooperação para combater a "hegemonia ocidental" nos meios de comunicação social.

A Sputnik está suspensa no território da União Europeia desde março de 2022, devido à invasão da Ucrânia pela Rússia.

O acordo, assinado na quinta-feira por representantes das duas agências noticiosas, durante uma videoconferência, vai permitir a criação de um portal em língua russa da Tasnim, informou hoje o órgão de comunicação iraniano.

O editor-chefe da Tasnim, Abdollah Abdolahi, considerou a parceria um passo importante para contrariar a "hegemonia ocidental", enquanto o editor internacional da Sputnik, Vasili Pushkov, disse que o acordo representa "uma frente unida contra os principais meios de comunicação ocidentais".

Tanto Abdolahi como Pushkov e o chefe da secção do Médio Oriente da Sputnik, Ivan Zakharov, destacaram o papel do Irão na Organização de Cooperação de Xangai (SCO) e a possível adesão de Teerão ao bloco BRICS, liderado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Em março de 2022, os países da UE aprovaram a suspensão das emissões na Europa da agência noticiosa russa Sputnik e do canal de televisão Russia Today, alegando serem instrumentos de desinformação do Presidente russo, Vladimir Putin.

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