Aprovado plano para combater desinformação e conteudos falsos junto dos jovens
Lisboa, 02 nov 2023 (Lusa) -- O Plano Nacional de Literacia Mediática para promover o combate à desinformação e à divulgação de conteúdos falsos deverá estar pronto até ao final de janeiro, segundo uma resolução hoje aprovada em Conselho de Ministros.
A comissão interministerial que participa no Plano Nacional de Leitura (PNL) vai apresentar "num prazo de 90 dias" um Plano Nacional de Literacia Mediática, anunciou hoje o ministro da Educação, João Costa, no final da reunião de Conselho de Ministros.
O plano pretende, por um lado, aumentar o acesso, consulta e leitura de conteúdos informativos de imprensa, mas também promover o combate à desinformação e à divulgação de conteúdos falsos, junto da população, com especial enfoque nos alunos.
João Costa lembrou "a avalanche de informação" que diariamente bombardeia os jovens, que leem cada vez mais "informações falsas" e têm acesso a "discursos de ódio em várias plataformas".
A ideia é criar um conjunto de medidas que dê "ferramentas aos jovens, mas também aos adultos para saberem avaliar a informação que tem disponível".
O plano irá "desenvolver as competências de leitura e literacia para que possam exercer a sua capacidade de distinguir o que é verdadeiro do que é falso, saber validar fontes, saber trabalhar esta informação", explicou João Costa.
"O Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) prevê 600 mil euros divididos entre a Educação e a Cultura para podermos ter aqui um plano acompanhado de recursos financeiros", acrescentou João Costa.
Numa altura em que está a ser discutido no parlamento a proposta de OE2024, João Costa disse estar satisfeito com as verbas atribuídas à Educação.
"Estou satisfeito com o OE2024 e vou dar duas razões, mas poderia dar muitas mais", disse o ministro, sublinhando tratar-se de "um OE que continua a crescer para a educação".
"O OE aumentou 44,4% desde 2025", afirmou João Costa, acrescentando que o OE do próximo ano prevê verbas para apoiar os professores colocados longe de casa assim como dinheiro para outras medidas, como "tirar da precariedade os técnicos especializados".
João Costa lembrou que está no final "o trabalho que vai permitir que nos próximos dois, três meses, os professores comecem a encontrar no seu vencimento o reflexo das medidas aprovadas", dando como exemplo os contratados que vão subir de escalão ou os cerca de oito mil docentes que entraram para os quadros através da vinculação dinâmica.
Questionado sobre as criticas feitas recentemente pela oposição ao Plano de Recuperação das Aprendizagens, lançado pelo Governo para recuperar os atrasos provocados pela pandemia de covid-19, João Costa questionou aqueles que "por um lado dizem que o plano falhou e por outro pedem a sua continuidade".
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