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Argélia aprova proposta para criminalizar difusão de notícias falsas

epa08237335 Algerians shout slogans as they march to mark the first anniversary of the popular protests in Algiers, Algeria, 22 February 2020. Algerian protesters this weekend are marking the first anniversary of the protest movement that began on 16 February 2019 after Abdelaziz Bouteflika announced his candidacy for a fifth presidential term. The protesters continue to press for their demands for a complete change of the ruling elite and an end to corruption.  EPA/MOHAMED MESSARA

Argel, 22 abr 2020 (Lusa) - A Argélia quer criminalizar a disseminação de notícias falsas que prejudiquem a ordem pública e a segurança do país, através de uma proposta aprovada hoje e que está a ser contestada por ativistas dos direitos humanos.

A proposta dos legisladores argelinos foi debatida e votada hoje e pretende introduzir uma alteração ao Código Penal, segundo informa a agência AFP.

O texto da proposta prevê a criminalização de quem disseminar notícias falsas que tenham como objetivo pôr em causa a ordem pública, a segurança e a "unidade nacional" da Argélia.

Assim, qualquer pessoa que divulgue ou propague notícias falsas fica sujeito a uma pena de um a três anos de prisão ou mesmo o dobro, caso seja reincidente.

As alterações preveem, igualmente, uma pena de prisão de seis meses a dois anos para qualquer pessoa acusada de atos que exponham a vida privada de outras pessoas.

Esta pena pode chegar a até aos cinco anos de prisão se os factos ocorrerem durante "períodos de confinamento sanitário ou de desastre natural, biológico ou tecnológico ou de qualquer outra natureza".

Entretanto, a organização não-governamental Repórteres Sem Fronteiras já manifestou a sua preocupação relativamente a esta proposta, temendo que sirva para condicionar a liberdade de imprensa.

Nas últimas semanas circularam nas redes sociais muitas notícias falsas, em particular sobre o surto da covid-19, tendo várias pessoas acusadas de as divulgar sido detidas.

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 181 mil mortos e infetou mais de 2,6 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Mais de 593.500 doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 785 pessoas das 21.982 registadas como infetadas, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

FAC // SR

Lusa/Fim