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Brasil/Eleições: Futura ministra da Agricultura admite negócio com fabricante mas nega conflito de interesses

Brasília, 08 nov (Lusa) - A futura ministra da Agricultura do Governo de Bolsonaro, Tereza Cristina, admitiu hoje à imprensa ter negócios com a JBS, a maior fabricante de produtos de proteína animal do mundo, mas negou que haja conflito de interesses.


"Tenho uma propriedade, um condomínio com os meus irmãos, e a minha família arrenda um espaço à JBS, que é ao lado da nossa propriedade. Isso há muitos anos", afirmou a deputada federal Tereza Cristina, acresentando que "está tudo dentro da lei, com contrato assinado".


Cristina declarou que tem participação de uma quinta parte na propriedade arrendada ao grupo e confirmou ainda que recebeu doações indiretas vindas do JBS. Porém, negou haver um conflito de interesses e garantiu não sentir desconforto em assumir a pasta da Agricultura.


"Eu não tive doações da empresa JBS diretamente para mim, foi via, se não me engano, de dois parlamentares do meu Estado. Não tenho problemas. Tenho tranquilidade, as doações são legais", afirmou a deputada, segundo o jornal Folha de São Paulo.


A empresa brasileira JBS é a maior fabricante de produtos à base de proteína animal do mundo, tendo assinado nesta quarta-feira um memorando de entendimentos com a gigante chinesa de comércio online 'Alibaba' para vender carnes na China.


O tema da fusão dos ministérios da Agricultura e Meio Ambiente, que era uma das polémicas promessas de campanha de Bolsonaro, também foi comentado pela futura ministra: "É uma escolha exclusivamente do Presidente da República. Se eu for perguntada, posso sugerir pessoas que eu acho que têm gabarito para isso", respondeu Tereza Cristina, sobre a possibilidade de poder ajudar na escolha do próximo ministro do Meio Ambiente.


O Presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, anunciou na quarta-feira, através da rede Twitter, a indicação da presidente da frente parlamentar agropecuária do Congresso Nacional e deputada federal, Tereza Cristina, como ministra da Agricultura do seu Governo.


O recém-eleito Presidente anunciou assim o nome da primeira mulher a fazer parte do seu Governo, que além de liderar a "bancada do boi", foi também uma forte defensora na aprovação de uma lei que torna mais rápida a regularização de pesticidas, o que lhe valeu a alcunha de "musa do veneno".


A futura ministra está ainda no seu primeiro mandato como deputada, tendo já sido secretária estadual do Desenvolvimento Agrário da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo.



MYMM // JH


Lusa/fim