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Petrolíferas têm mentido sobre o efeito das suas atividades

epa05139702 A handout aerial image dated 25 September 2010 and made available by BP, showing an aerial view of BP's Valhall platform in the Norwegian North Sea. Energy giant BP on 02 February 2016 reported a 90-per-cent slump in profit for the last three months of 2015, linking the drop to lower oil prices and warning that it expects to cut up to 7,000 staff and contractor jobs over the next two years. BP said its underlying replacement cost profit - a standard accounting measure of performance in the oil industry - fell to 196 million dollars in the fourth quarter of 2015, down from 2.2 billion dollars in the same period of 2014.
It said it had allocated another 443 million dollars in the quarter for payments related to the Deepwater Horizon oil spill in 2010, bringing the total set aside for the disaster in the Gulf of Mexico to 55.5 billion dollars.  EPA/BP / KJETIL ALSVIK / HANDOUT  HANDOUT EDITORIAL USE ONLY/NO SALES

Washington, 08 fev 2022 (Lusa) -- Os conglomerados petrolíferos foram acusados hoje por cientistas do clima de terem mentido deliberadamente sobre o efeito das suas atividades e de procurarem agora "retardar" a sua transição energética, durante uma audição no Congresso.

ExxonMobil, Chevron, BP e Shell são objeto de um inquérito parlamentar sobre o seu papel na propagação de informação manipulada a propósito das alterações climáticas.

Um dos cientistas ouvidos na Câmara dos Representantes acusou aquelas multinacionais de saberem há mais de quarenta anos que as suas atividades eram poluentes, mas optaram por promover "campanhas de negação e adiamento".

Agora, para Michael Mann, da Universidade estadual da Pensilvânia, "está-se a pagar o preço destes adiamentos, sob a forma de fenómenos meteorológicos extremos", citando entre outros a vaga de calor que afetou milhões de norte-americanos no final de junho e os incêndios na Califórnia.

Criticou também a estratégia atual dos conglomerados petrolíferos, que prometem diminuir a intensidade carbónica das suas operações, a relação com as emissões de dióxido de carbono e a produção da empresa.

"É como se o vosso médico vos dissesse que deviam reduzir as gorduras na vossa alimentação", comparou. "E, portanto, passam às batatas fritas com menos 40% de matérias gordas, mas comem duas vezes mais. Isto não ajuda".

Em outubro, os representantes de ExxonMobil, Chevron, BP e Shell tinham defendido as suas posições, assegurando que tinham acelerado nos últimos anos os investimentos em energias alternativas.

"Essas promessas não passam de desinformação", acusou Tracey Lewis, da organização não-governamental Public Citizen, alarmando-se do impacto das alterações climáticas nas "pessoas pobres e de cor", que sofrem em pleno "os efeitos mortais das energias fósseis na saúde".

RN//RBF

Lusa/fim