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Congressistas dos EUA chegam a Brasília para aprender sobre defesa da democracia

Brasília, 14 ago 2023 (Lusa) -- Uma delegação de congressistas democratas norte-americanos chegou hoje a Brasília para conhecer os principais esforços para defender a democracia, na sequência de os dois países terem sofrido ataques semelhantes por parte de radicais às instituições democráticas.


A visita organizada pelo Centro de Pesquisa Económica e Política (CEPR, na sigla em inglês) levará os membros do Congresso dos Estados Unidos a "uma série de reuniões de alto nível com funcionários do Governo, representantes do Congresso e movimentos sociais para aprender sobre os principais esforços do Brasil para defender a democracia, impulsionar a transição verde e recuperar os direitos à saúde", habitação "e segurança alimentar após quatro anos da desastrosa presidência de Jair Bolsonaro", indicou a organização em comunicado.


"Com muita frequência, visitantes de Washington vêm à região para dar palestras e conselhos não solicitados. Esta delegação veio ao Brasil para ouvir, aprender, observar e dialogar. Os delegados querem entender melhor o impacto da política dos EUA no Brasil e na região", disse o diretor de Política Internacional do CEPR, Alex Main.


Os membros da delegação estão conscientes sobre o apoio norte-americano a golpes antidemocráticos na região "como o do Brasil em 1964 e o do Chile em 1973", acrescentou.


"Esta delegação pretende criar laços duradouros entre o Brasil e os Estados Unidos para trabalharmos juntos na construção de um mundo mais justo, pacífico e equitativo", detalhou.


Entre os representantes norte-americanos estão presentes Alexandria Ocasio-Cortez, Joaquin Castro, Nydia Velázquez, Greg Casar e Maxwell Frost, bem como a chefe de gabinete do senador Bernie Sanders, Misty Rebik.


A delegação tem previsto visitas ao Palácio do Planalto para reuniões com o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e no Palácio do Itamaraty para uma reunião sobre os planos do Brasil para liderar o G20 no próximo ano.


Estão ainda previstas ao longo da semana uma série de reuniões no Senado e na Câmara de Deputados para conhecer os esforços do Brasil para proteger as suas instituições democráticas, combater a desinformação e "fazer justiça em relação aos motins de 08 de janeiro", detalhou o CEPR, referindo-se aos ataques por parte de radicais às sedes dos três poderes em Brasília, que tinham como objetivo retirar Lula da Silva da presidência.


A invasão aos três poderes em Brasília lembra um ato semelhante ocorrido nos Estados Unidos da América por extremistas que apoiavam então o ex-presidente Donald Trump, derrotado nas urnas, antes da posse do atual chefe de Estado norte-americano, Joe Biden, em 06 de janeiro de 2021.


Os parlamentares dos EUA vão ainda participar de uma reunião com deputados federais brasileiros que lideram a Comissão Parlamentar de Inquérito do 08 de janeiro, reunir-se-ão com o ministro das Finanças, Fernando Haddad, com a deputada Célia Xakriabá para discutir as políticas para os territórios indígenas e a floresta amazónica e com movimentos sociais e organizações da sociedade civil como o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).



MIM // LFS


Lusa/Fim