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Autoridades britânicas combatem desinformação perante aumento de casos de Covid-19

epa07849841 A Trump supporter wears a t-shirt reading 'Fake News' as he waits for the arrival of President Donald Trump in front of the Beverly Hills Hotel in Beverly Hills, California, USA, 17 September 2019. Trump is on a two-day trip to California to raise money for his 2020 election campaign.  EPA/ETIENNE LAURENT

Londres, 10 mar 2020 (Lusa) - O número de casos confirmados de Covid-19 no Reino Unido aumentou para 373 e um sexto paciente morreu, informaram hoje as autoridades britânicas, que iniciaram um combate paralelo à desinformação sobre a doença.

O serviço nacional de saúde (National Health Service, NHS) anunciou estar a colaborar com o motor de busca Google e as redes sociais Twitter, Instagram e Facebook para melhorar o acesso das pessoas a informação corretas e a combater mitos e informações erradas.

As medidas incluem dar prioridade a informações verificadas e direcionar para o NHS quando alguém faz uma busca sobre o novo coronavírus, certificar fontes oficiais e combater 'fake news', tendo uma conta de Twitter sido suspensa por se apresentar de forma falsa como um hospital e fornecer informações imprecisas.

Na semana passada, também foram proibidos dois anúncios de máscaras por "causarem alarme" e fazerem alegações "enganosas" sobre a capacidade de impedir a propagação do coronavírus.

"O NHS tem vindo a combater notícias falsas sobre o coronavírus, [com medidas que vão] desde intervir para suspender contas falsas no Twitter até denunciar tratamentos enganosos promovidos por homeopatas na Internet", disse o diretor-executivo, Simon Stevens.

Esta colaboração foi anunciada após o governo britânico ter também anunciado estar a trabalhar para combater a desinformação sobre o Covid-19, identificando fontes e notícias falsas.

O ministro da Saúde, Matt Hancock, disse ser importante que os cidadãos possam ter acesso a informações de confiança e precisas sobre saúde e o Covid-19, e que as orientações mais recentes das autoridades surjam no topo das listas de pesquisa do Google.

"A segurança pública é nossa principal prioridade e estamos a utilizar ferramentas digitais para chegar a milhões de pessoas sobre mais de 250 problemas sobre os quais pesquisem, incluindo coronavírus, ajudando a combater a desinformação e a garantir que o público está bem informado para cuidar da sua saúde", afirmou.

O aumento do número de telefonemas levou o governo britânico a reforçar com mais 700 trabalhadores o centro de atendimento do NHS 111, o serviço de aconselhamento para problemas de saúde não urgentes, que responde a perguntas por telefone e de forma digital.

Depois de terem sido registados quase 400 mil telefonemas num espaço de uma semana, foi lançado um site dedicado ao Covid-19, o qual já recebeu mais de mais um milhão de consultas desde quarta-feira.

O NHS tem vindo também a testar a comunicação através de mensagens SMS para telemóveis, recomendando às pessoas a consulta do site NHS111 em vez de se dirigirem diretamente aos centros de saúde ou hospitalares.

A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.000 mortos.

Cerca de 114 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 63 mil recuperaram.

Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, com 463 mortos e mais de 9.100 contaminados pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.

 

Bruno Manteigas