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Autoridades da Malásia investigam propagação de falsas informações

epa08251768 Malaysian interim Prime Minister Mahathir Mohamad reacts during an announcement of economic stimulus package to mitigate the impact of Covid-19 in Putrajaya, Malaysia, 27 February 2020. Some 46 Malaysian passengers and 20 non-citizens spouses arrived in Malaysia on 27 February on an evacuation flight from Wuhan.  EPA/AHMAD YUSNI

Kuala Lumpur, 21 fev 2020 (Lusa) - As autoridades da Malásia abriram uma investigação contra 27 pessoas suspeitas de participarem em campanhas de desinformação sobre o novo coronavírus (Covid-19), anunciou o governo na quinta-feira.

Esta investigação surge numa altura em que vários países intensificam os esforços para controlar a falsa informação a circular sobre a epidemia.

Das 27 pessoas, quatro já foram acusadas e outras quatro deverão ser acusadas hoje, indicaram as autoridades do Ministério da Comunicação e o gabinete do primeiro-ministro, apesar de ainda não terem revelado o tipo de falsas informações que foram divulgadas.

"Se estão envolvidos em disseminação de mentiras (...) iremos à vossa procura, independentemente de quem sejam", advertiu Mohamed Hanipa Maidin, um alto responsável do gabinete do primeiro-ministro, aos jornalistas, anunciando um reforço da repressão contra a desinformação.

O novo coronavírus (Covid-19) já fez 2.200 mortos e contaminou mais de 75.000 pessoas, principalmente na China.

O vírus já se propagou por vários países e na Malásia há 22 dois casos de contaminação.

Esta epidemia desencadeou uma vaga de desinformação junto do público, anunciando, por exemplo, um número de vítimas maior do que o oficial ou algumas conspirações sobre vacinas.

Vários países asiáticos já fizeram detenções por desinformação e as autoridades de Singapura impuseram à rede social Facebook que bloqueasse uma página de política crítica do governo, acusando-os de circularem falsa informação sobre a doença.

No início de fevereiro, um jornalista da Malásia foi acusado de divulgar mensagens em redes sociais, suscetíveis de espalhar o pânico no público, nomeadamente sobre a chegada de turistas chineses num navio cruzeiro.

As autoridades acreditam que a desinformação pode criar graves problemas intercomunitários num país maioritariamente muçulmano com uma grande comunidade de origem chinesa,

No entanto, algumas pessoas temem que estas medidas possam minar as liberdades individuais.

"A fronteira entre um governo que adota medidas preventivas contra a desinformação e um governo que suprime a liberdade de expressão é muito ténue" sublinhou Asrul Hadi Abdullah Sani, um analista político da empresa de consultoria 'BowerGroupAsia'.

 

Sofia Canteiro