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Bruxelas diz que plataformas digitais tomaram “mais medidas” contra desinformação

Bruxelas, 25 fev 2021 (Lusa) -- A Comissão Europeia considerou hoje que as plataformas digitais tomaram "mais medidas" para combater a desinformação ligada às vacinas contra a covid-19 em janeiro de 2021, tendo também "aumentado a transparência" sobre as suas ações nesta área.

Num relatório mensal hoje publicado -- que analisa as ações tomadas pelo Facebook, Twitter, Google, TikTok e Microsoft no combate à desinformação -- a Comissão Europeia refere que os dados "confirmam o compromisso" das plataformas digitais em "tomar medidas contra a desinformação sobre as vacinas contra a covid-19" e em "aumentar a transparência" relativa às medidas tomadas para combater esse fenómeno nas suas redes.

O executivo frisa que, no mês de janeiro, as plataformas implementaram "novas ferramenta para tornar informações fidedignas sobre as vacinas mais visíveis, como por exemplo painéis de informação atualizada que permitem que os cidadãos europeus tenham informação precisa e oportuna sobre a entrega e a disponibilidade das vacinas".

A Comissão salienta ainda que algumas das plataformas em questão também começaram, a pedido do executivo, a "fornecer dados mais precisos sobre o impacto das suas políticas", nomeadamente sobre a "interação dos utilizadores com os painéis de informação sobre a covid-19" e sobre as "medidas adicionais tomadas para aumentar a colaboração com investigadores".

"Saudamos fortemente estes desenvolvimentos, tendo em conta que estes dados são cruciais para ter maior conhecimento sobre a eficácia das medidas tomadas", lê-se na nota da Comissão.

Enumerando as ações específicas tomadas por cada uma das plataformas analisadas no relatório, a Comissão refere que o Twitter "removeu as informações enganosas mais prejudiciais" e "rotulou os 'tweets' que contêm informações potencialmente enganosas sobre vacinas".

No que se refere à Google, o executivo destaca a expansão do motor de pesquisa da plataforma que fornece agora "informação e uma lista das vacinas autorizadas em resposta às pesquisas relacionadas em 23 Estados-membros".

Já o Facebook, segundo a Comissão, removeu da rede social homónima e do Instagram, 13 mil conteúdos sobre a covid-19 que "continham desinformação que podia levar a danos físicos iminentes", e nove mil conteúdos que "violavam os seus padrões de venda de equipamentos médicos".

Reagindo ao relatório hoje publicado, a vice-presidente executiva da Comissão com a pasta dos Valores e Transparência, Vera Jourová, sublinhou que as plataformas digitais têm de "tomar responsabilidades para prevenir a desinformação danosa e perigosa", e para evitar que esta "mine" a luta comum da União Europeia (UE) contra a covid-19 e os "esforços para a vacinação".

"No entanto, apenas os esforços das plataformas não serão suficientes. Também é crucial fortalecer a cooperação com as autoridades públicas, a sociedade civil e os 'media' de maneira a fornecer informação credível", frisou Jourova em comunicado.

Também o comissário com a pasta do Mercado Interno, Thierry Breton, considerou que "a desinformação cria uma ameaça que tem de ser levada a sério", e realçou que "a resposta das plataformas deve ser diligente, robusta e eficaz".

"Isto é particularmente crucial agora, em que estamos a agir para vencer a batalha industrial, para que todos os europeus tenham acesso rápido a uma vacina", lê-se no comunicado de Thierry Breton.

O relatório hoje apresentado faz parte de um programa de monitorização das plataformas digitais estabelecido em junho de 2020 - que publica relatórios mensais, e que deverá manter-se até junho deste ano - e que visa "garantir a responsabilidade [das plataformas digitais] perante o público, relatando os esforços feitos (...) para limitar a desinformação 'online' ligada ao covid-19".

 

Tiago Almeida