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Comissão Europeia pede mais empresas digitais no combate à desinformação sobre vacinas

Um profissional de saúde prepara uma dose da vacina contra a covid-19 para ser administrada durante a campanha de vacinação no Centro Paz Flor, em Luanda, Angola, 14 de maio de 2021. (ACOMPANHA TEXTO DA LUSA DO DIA 16 DE MAIO DE 2021). AMPE ROGÉRIO/LUSA

Bruxelas, 29 jul 2021 (Lusa) -- A Comissão Europeia (CE) pediu hoje que mais empresas digitais se juntem à luta contra a desinformação sobre as vacinas da covid-19 e apresentou relatórios sobre as medidas adotadas em junho pelo Facebook, Google, Microsoft, Twitter, TikTok e Mozilla.

Segundo a agência de notícias EFE, o Comissário Europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton, apelou às novas plataformas para que se juntem à luta contra a desinformação e adiram ao Código de Boas Práticas, um acordo entre a União Europeia e empresas de tecnologia, para combater a desinformação no que diz respeito às vacinas contra a covid-19.

"Todas as partes interessadas devem agora assumir sua responsabilidade de superar as dúvidas sobre as vacinas, alimentadas pela desinformação", apontou o comissário.

A esta convocatória juntaram-se também as grandes empresas de tecnologia que já assinaram o acordo e que, em junho de 2020, comprometeram-se a notificar mensalmente a CE sobre os seus esforços contra as notícias falsas relacionadas com a pandemia de covid-19.

Assim, os relatórios de junho destacam, entre outras, a campanha do TikTok de promoção da vacinação, desenvolvida em conjunto com o Governo da Irlanda e que atingiu mais de um milhão de visualizações e mais de 200.000 "likes" na rede social.

Por outro lado, a Microsoft ampliou a sua parceria com o NewsGuard, uma extensão que alerta os utilizadores sobre páginas de internet que divulgam desinformação.

Já a rede social Twitter oferece aos seus utilizadores a possibilidade de formar algoritmos para melhor identificar as violações da política de desinformação contra o coronavírus.

O Facebook, por sua vez, destacou a sua cooperação com autoridades internacionais de saúde, no sentido de aumentar a consciencialização pública sobre a eficácia e segurança das vacinas, bem como com investigadores da Universidade Estadual do Michigan (Estados Unidos) para melhor detetar e classificar informações falsas.

"Estes esforços conjuntos devem continuar, face aos desafios persistentes e complexos que a desinformação 'online' continua a apresentar", disse a CE, em comunicado.

O acordo entre a CE e as plataformas digitais para reunir esforços na luta contra a desinformação, no contexto da pandemia, foi prorrogado até ao final de 2021.

Além disso, os signatários do Código de Boas Práticas vão tentar reforçar o acordo e lançaram uma convocatória conjunta para angariar novos signatários.

"O programa de monitorização da desinformação na covid-19 tem permitido monitorizar as ações lançadas pelas plataformas 'online'. Com a propagação de novas variantes do vírus e a continuação da vacinação a todo o vapor, é fundamental cumprir os compromissos", afirmou a vice-presidente da CE, Vera Jourová.

 

Maria João Pereira