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Centenas de médicos pedem combate à desinformação na internet

epa08351970 Health workers wearing protective suits prepare before entering the intensive care unit of COVID-19 patients at Santa Maria Hospital, in Lisbon, Portugal, 06 April 2020 (Issued 09 April 2020). Portugal is under state of emergency until 17 April 2020. Countries around the world are taking increased measures to stem the widespread of the SARS-CoV-2 coronavirus which causes the COVID-19 disease.  EPA/MARIO CRUZ ATTENTION: This Image is part of a PHOTO SET

Madrid, 07 mai 2020 (Lusa) -- Centenas de médicos e enfermeiros de vários países, entre os quais Portugal, assinaram uma carta a exigir que as principais redes sociais e plataformas digitais combatam a desinformação sobre a covid-19, retificando notícias falsas e tornando-as menos visíveis.

A petição, divulgada pela plataforma Avaaz e dirigida aos gestores do Facebook, Twitter, Google e YouTube, assegura que a pandemia de coronavírus também é "uma infodemia global" na qual a desinformação viral "põe em perigo vidas em todo o mundo" através de mensagens falsas.

"Histórias que afirmam que a cocaína é uma cura [para a pandemia] ou que a China ou os Estados Unidos desenvolveram a covid-19 como arma biológica espalharam-se mais rapidamente do que o próprio vírus", indica o manifesto, assinado por autoridades de saúde de Portugal, Estados Unidos, Espanha, Itália, Brasil, Reino Unido, Holanda e Bélgica.

Os conteúdos falsos geralmente promovem "curas enganosas" e mantêm as pessoas afastadas de vacinas e tratamentos eficazes, efeitos percetíveis em hospitais, que em países como os Estados Unidos provocam picos de doenças como o sarampo devido à influência de movimentos anti-vacinas, avisam os signatários da carta.

A iniciativa serve também para exigir que os responsáveis pelas plataformas digitais retifiquem a desinformação sobre a saúde, alertando aqueles que interagiram e partilhando essas mensagens para "uma correção verificada de forma independente".

O manifesto também pede que as plataformas "desintoxiquem" os algoritmos que determinam o conteúdo que cada cibernauta vê para que "mentiras prejudiciais e páginas e grupos que os partilham se tornem menos visíveis" e para que sejam apagados páginas e canais de infratores reincidentes.

PMC // FPA

Lusa/Fim

Patricia Cunha