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Federação Internacional de Jornalistas pede cobertura “sem pânico” sobre surto Covid-19

epa08266250 An ambulance enters the military hospital in the Baggio district, on the outskirts of Milan, Italy, 03 March 2020. From today, the military structure will be used to face the emergency due to the spread of the Coronavirus.  EPA/MATTEO BAZZI

Bruxelas, 03 mar 2020 (Lusa) -- A Federação Internacional de Jornalistas (IFJ) apelou hoje a uma cobertura mediática, por parte dos meios de comunicação social relativamente ao novo coronavírus, sem "pânico injustificado", que evite abordagens sensacionalistas e "teorias da conspiração".

"Como a cobertura mediática do novo surto Covid-19 está a dominar os meios de comunicação social em todo o mundo, a IFJ [sigla inglesa] insta a uma cobertura mediática responsável e que evite qualquer pânico injustificado", vinca a estrutura em comunicado.

Para esta federação mundial de sindicatos de jornalistas -- a maior do setor, que representa 600 mil profissionais e 187 organizações de 140 países -- o papel dos media, na cobertura deste surto, é "fornecer aos cidadãos informações verificadas, precisas e factuais, evitando dados sensacionalistas que podem levar ao pânico geral e ao medo".

Recordando a Carta de Ética Global da IFJ para Jornalistas, a estrutura sediada na capital belga, Bruxelas, apela ainda ao cumprimento de tais normas como forma de "antídoto contra desinformação, notícias falsas e teorias da conspiração que circulam nas redes sociais".

"Os jornalistas e os meios de comunicação social devem reportar os factos e recorrer a fontes científicas confiáveis, evitando especulações", reforça a federação, afastando que se chegue a um "estado de alarme que não corresponde à realidade".

Além disso, estes profissionais "devem ser especialmente sensíveis à privacidade das pessoas afetadas", aponta a IFJ.

Outro dos apelos que a federação faz é que "as autoridades públicas e instituições médicas forneçam informações oportunas e transparentes para que os jornalistas tenham acesso a todas as informações".

O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou mais de 3.000 mortos e infetou quase 90 mil pessoas em 67 países, incluindo duas em Portugal.

Dados publicados esta manhã pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC, na sigla em inglês) revelam que existem, em todo o mundo, 90.663 casos do novo coronavírus, do qual já resultaram 3.124 mortes.

Destas, 55 mortes registaram-se na União Europeia (UE), precisamente em Itália (52) e França (três).

Ao todo, existem na região da UE e no Espaço Económico Europeu e Reino Unido um total de 2.495 casos, a grande maioria dos quais em Itália (1.835), seguindo-se França (178) e Alemanha (157).

 

Ana Matos Neves