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Covid-19: Funcionários do Governo norte-americano acusam agentes russos de espalhar desinformação

epa08528266 Guest fill the South Lawn of the White House during the Fourth of July 'Salute to America' event in Washington, D.C., USA, 04 July 2020. Trump pushed forward with his planned Fourth of July celebration, even as many officials urged the public to stay home and avoid gathering in large crowds due to the ongoing Coronavirus pandemic.  EPA/SAMUEL CORUM

Washington, 28 jul 2020 (Lusa) - O Governo dos Estados Unidos identificou dois agentes dos serviços secretos militares russos suspeitos de ajudarem a disseminar desinformação através de páginas na Internet sobre o novo coronavírus, a política americana e assuntos internacionais.

Os responsáveis norte-americanos afirmaram hoje que os agentes dos serviços secretos russos utilizam três páginas em inglês para espalhar ´fake news`, procurando explorar uma crise que a América está a tentar conter antes das eleições presidenciais de novembro.

Dois russos que ocuparam altos cargos no serviço de inteligência militar de Moscovo, conhecido como GRU, foram identificados como responsáveis por um esforço de desinformação dirigido ao público americano e ocidental, afirmaram à Associated Press funcionários do Governo dos EUA, sob condição de anonimato, porque não estavam autorizados a falar publicamente.

A informação tinha sido previamente classificada, mas os funcionários disseram que tinha sido desclassificada para que pudessem discuti-la mais livremente. Os funcionários explicaram que o estavam a fazer agora para fazer soar o alarme sobre os ´sites´ em causa e para expor uma ligação entre as páginas e os serviços secretos russos.

Entre finais de maio e princípios de julho, uma das fontes adiantou que esses três ´websites` publicaram cerca de 150 artigos sobre a resposta à pandemia, incluindo uma cobertura destinada a apoiar a Rússia e a denegrir os EUA.

A divulgação surge quando a difusão da desinformação, inclusive por parte da Rússia, é uma preocupação urgente quando se aproximam as eleições presidenciais de novembro, uma vez que os funcionários norte-americanos procuram evitar uma repetição da corrida em 2016, quando a Rússia lançou uma campanha encoberta nos meios de comunicação social para dividir a opinião pública americana a favor do então candidato Donald Trump.

O chefe dos serviços de contrainformação do país advertiu numa declaração pública na sexta-feira para o uso continuado da Rússia de ´trolls` da Internet para prosseguir com os seus objetivos.

As autoridades descreveram a desinformação como parte de um esforço contínuo e persistente da Rússia para causar confusão. Não disseram se estava diretamente relacionado com as eleições de novembro, embora alguma da cobertura nos ´websites´ pareça denegrir o concorrente democrata de Trump, Joe Biden. As histórias recordam o empenho russo de 2016 para exacerbar as relações raciais na América e conduzir a alegações de corrupção contra figuras políticas americanas.

Funcionários americanos mencionaram uma agência noticiosa, InfoRos.ru, responsável por um trio de páginas, InfoRos.ru, Infobrics.org e OneWorld.press, que dizem ter utilizado a pandemia para promover objetivos antiocidentais e para espalhar desinformação.

 

Ana Rodrigues