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YouTube promove vídeos de verificação de factos sobre pandemia

São Franscisco, Estados Unidos, 28 abr 2020 (Lusa) -- O YouTube, plataforma de vídeos da Google, anunciou hoje a divulgação de vídeos informativos de desmistificação de rumores e desmontagem de informações duvidosas, numa altura em que a pandemia de covid-19 continua a gerar teorias da conspiração.

Esses vídeos de verificação de factos ('fact-check') -- já disponíveis na Índia e no Brasil desde o ano passado -- vão ser disponibilizados, nomeadamente, nos Estados Unidos, anunciou o canal, em comunicado.

A pandemia de covid-19 "reafirmou a importância de os espetadores obterem informações justas", justificou o YouTube.

Os vídeos de 'fact-check' aparecerão quando se faça uma busca por um tema que tenha sido desmistificado ou desconstruído pelo jornalismo.

Os vídeos estarão ligados à International Fact-Checking Network, organização que serve de referência no tema das chamadas 'fake news' (conteúdos falsificados) e que recebeu recentemente um financiamento de um milhão de dólares (cerca de 900 mil euros) da Google.

Em março, o YouTube já tinha inaugurado uma secção de informações sobre a atual crise sanitária mundial, para promover "conteúdos autorizados".

Em 17 de março, várias grandes plataformas de internet decidiram unir esforços para combater a desinformação 'online' sobre a pandemia do novo coronavírus e promover "conteúdos fiáveis" sobre a crise.

Numa declaração conjunta, Facebook, Google, Twitter, Microsoft e Reddit, e também YouTube (da Google) e LinkedIn (da Microsoft), asseguraram que "estão a trabalhar de forma estreita na resposta ao Covid-19".

Um mês mais tarde, o Facebook lançou alertas sobre 40 milhões de publicações relacionadas com a covid-19, só em março.

Tanto as Nações Unidas como a União Europeia já alertaram para a importância de combater a desinformação no contexto da pandemia.

"O alho ou a vitamina C podem curar o novo coronavírus? Não. O vírus infeta apenas pessoas idosas? Não. Mas todos nós já vimos estas ou outras falsas alegações na internet ou em redes sociais", denunciou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, vincando: "Isto tem de parar."

Em 15 de abril, as Nações Unidas anunciaram uma campanha para inundar a internet com factos e ciência relacionados com a pandemia de covid-19, para contrariar a "perigosa epidemia de desinformação"

O secretário-geral da organização, António Guterres, tinha, um dia antes, lamentado as "mentiras e teorias da conspiração" sobre a doença, que já causou mais de 214 mil mortos e infetou mais de três milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Nessa altura, António Guterres saudou ainda "os jornalistas e todos aqueles que verificam os factos na montanha de histórias enganadoras e publicações nas redes sociais", acrescentando que as grandes empresas detentoras destas redes devem "fazer mais para eliminar o ódio e as afirmações nefastas relacionadas com a covid-19.

SBR // SR

Lusa/Fim