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Depois das críticas de Bolsonaro, EUA elogiam sistema eleitoral brasileiro

Brasília, 20 jul 2022 (Lusa) - As eleições no Brasil "servem de modelo para o mundo", disse a embaixada dos EUA no Brasil na terça-feira, um dia depois do Presidente Jair Bolsonaro ter questionado o sistema eleitoral brasileiro.


"As eleições no Brasil, testadas ao longo do tempo pelo sistema eleitoral e instituições democráticas, servem de modelo para as nações do hemisfério e de todo o mundo", disse a embaixada dos EUA num comunicado.


Na segunda-feira, durante um encontro com dezenas de embaixadores no Brasil, e quando faltam três meses para as eleições presidenciais, o chefe de Estado brasileiro afirmou que queria "corrigir os defeitos" do sistema eleitoral, num renovado ataque ao sistema de votação eletrónica.


Durante meses, Bolsonaro tem alimentado a ideia de que a votação pode ser fraudulenta devido à utilização de urnas eletrónicas, um método introduzido no país em 1996.


"Os Estados Unidos têm confiança na força das instituições democráticas do Brasil. O país tem um forte historial de eleições livres e justas, com transparência e altos níveis de participação", reforçou a embaixada.


As declarações de Bolsonaro provocaram uma forte reação do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, que disse que "é hora de dizer basta à desinformação e ao populismo autoritário que coloca em xeque a Constituição de 1988".


Bolsonaro, que está há vários meses em guerra aberta com o TSE e, mais precisamente, com Fachin, defendeu que, juntamente com as urnas eletrónicas, deveriam também ser utilizados boletins de voto, a fim de comparar resultados e assegurar a fiabilidade do processo, embora essa sugestão tenha sido rejeitada categoricamente pelo parlamento.


Nos últimos meses, além de insistir que o sistema de votação eletrónica do país não é fiável, Bolsonaro tem intensificado os ataques a magistrados do Supremo Tribunal Federal (STF), tem dito que não respeitará determinadas decisões judiciais e tem pedido, repetidamente, a participação de militares no apuramento dos votos.


Nos últimos tempos tem havido também um maior número de vozes de analistas, instituições e organizações que procuram chamar a atenção para o facto de Jair Bolsonaro estar a inflamar a base de apoio e a criar bases para 'uma invasão do Capitólio', como aconteceu nos Estados Unidos.



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Lusa/Fim