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Digital News Report: Portugal continua entre os países mais preocupados com desinformação

epa11077117 People walk in front of a screen displaying artificial intelligence (AI) generated artwork by Turkish-American media artist Refik Anadol inside the Congress Center on the eve of the 54th annual meeting of the World Economic Forum (WEF) in Davos, Switzerland, 14 January 2024. The meeting brings together entrepreneurs, scientists, corporate and political leaders in Davos under the topic 'Rebuilding Trust' from 15 to 19 January.  EPA/LAURENT GILLIERON

Lisboa, 17 jun 2025 (Lusa) - Portugal continua entre os países mais preocupados com a desinformação na Internet, com 71% dos portugueses a manifestarem preocupação com o fenómeno, nomeadamente com 'influencers' e políticos, segundo o Digital News Report Portugal 2025 (DNRPT25) hoje divulgado.

O relatório é produzido anualmente pelo OberCom - Observatório da Comunicação desde 2015, publicado a par do relatório global do RISJ - Reuters Institute for the Study of Journalism, da Universidade de Oxford, no Reino Unido.

Com trabalho de campo a cargo da YouGov, o projeto inquiriu a nível global em 2025 cerca de 97 mil indivíduos utilizadores de Internet, em 48 países. Este ano, a Sérvia junta-se ao conjunto de mercados globais em estudo, depois da inclusão de Marrocos em 2024.

"Em 2025, 71% dos portugueses afirmam estar preocupados com a desinformação e com o que é real ou falso na Internet, um nível de preocupação superior à média global (58%) e que coloca Portugal entre os países mais preocupados com este fenómeno", destaca o relatório.

O nível de preocupação com a desinformação "mantém-se praticamente inalterado face a anos anteriores" e é "particularmente elevado entre os mais velhos, os mais escolarizados, os que têm rendimentos mais altos e os que possuem uma orientação política definida".

A relação entre confiança em notícias e preocupação com desinformação "também se mantém consistente: quem confia em notícias tende a demonstrar níveis mais elevados de preocupação (79%) face a quem não confia (74%)", lê-se no documento.

No que respeita às principais ameaças em termos de desinformação, "os portugueses apontam sobretudo os 'influencers' e personalidades 'online' (51%) e os políticos nacionais (44%), seguidos de governos ou atores estrangeiros e ativistas (ambos com 39%)".

Em termos de preocupação com as redes sociais como veículo de desinformação, esta "mantém-se elevada, destacando-se o Facebook (56%) e o TikTok (55%) como as plataformas mais associadas a esse risco".

As perceções variam consoante idade, género e perfil socioeconómico.

De acordo com o estudo, "os mais jovens tendem a ver o TikTok, X (antigo Twitter) e Instagram como maiores fontes de preocupação, enquanto os mais velhos atribuem maior peso ao papel dos políticos e 'influencers'".

Os motores de busca, 'sites' de notícias e conversas entre conhecidos "são consistentemente vistos como menos problemáticos em termos de propagação de desinformação, independentemente do perfil demográfico", segundo o relatório.

O trabalho de campo decorreu entre 13 de janeiro e 24 de fevereiro deste ano. Em Portugal foram inquiridos 2.012 indivíduos.

 

Alexandra Luís