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EDMO: Desinformação sobre UE e Ucrânia com valores mais altos dos últimos três meses

epa10581512 A handout photo made available by the World Press Photo Foundation shows the 2023 World Press Photo Contest Photo of the Year winner image by Evgeniy Maloletka for Associated Press depicting Iryna Kalinina (32), an injured pregnant woman, is carried from a maternity hospital that was damaged during a Russian airstrike in Mariupol, Ukraine, 09 March 2022. Her baby, named Miron (after the word for 'peace') was stillborn, and half an hour later Iryna died as well. An OSCE report concluded the hospital was deliberately targeted by Russia, resulting in three deaths and some 17 injuries. The 2023 World Press Photo Winners were announced by the World Press Photo Foundation on 20 April 2023.  EPA/EVGENIY MALOLETKA / HANDOUT MANDATORY CREDIT: Evgeniy Maloletka/World Press Photo Foundation -- NO COVERS -- NO CROPPING, RESIZING, MANIPULATING -- NO SOCIAL MEDIA USAGE -- HANDOUT EDITORIAL USE ONLY/NO SALES

Lisboa, 15 mai 2025 (Lusa) -- A desinformação sobre a guerra na Ucrânia (10%) e sobre a União Europeia (UE) (8%) apresentam, em conjunto, as percentagens mais elevadas nos últimos três meses, segundo a monitorização do Observatório Europeu dos Meios de Comunicação Digitais (EDMO).

De acordo com o relatório mensal da EDMO divulgado hoje, dos 1.551 artigos intercetados pelas 33 organizações que constituem a rede de verificação de factos, 150 (10%) centraram-se na desinformação relacionada com a Ucrânia e 117 (8%) sobre desinformação relacionada com a UE.

Além disso, 98 (6%) eram sobre desinformação referente à imigração, 83 (5%) sobre desinformação referente às alterações climáticas, 63 (4%) sobre desinformação relacionada com a Covid-19, seguindo-se a desinformação relacionada com as questões LGBTQ+ e de género, com 14 artigos (1%) e 13 (1%) sobre o conflito regional no Médio Oriente.

"Depois de terem aumentado em março e abril, as informações falsas sobre a guerra na Ucrânia diminuíram seis pontos percentuais [passando de 16% em março para 10% em abril], voltando aos valores que tinha no final de 2024", lê-se no relatório, acrescentando que este facto pode dever-se ao impasse nas negociações, bem como à relativamente menor cobertura mediática sobre o assunto.

"A Ucrânia é um alvo recorrente de desinformação, tanto estrangeira como nacional, em muitos países da UE. As principais narrativas de desinformação detetadas em abril descrevem os ucranianos como parasitas (ou perigosos e violentos), exageram a oposição ao apoio à Ucrânia e retratam o Presidente Volodymyr Zelensky e a sua mulher, Olena, como cobrardes e corruptos e/ou pessoas toxicodependentes", lê-se no relatório.

Também a desinformação que circulou na Roménia em abril, antes da primeira volta das eleições, centrou-se em retratar negativamente tanto a Ucrânia como os seus refugiados, com o mesmo a acontecer antes da primeira volta das eleições na Polónia.

Já a desinformação relacionada com a UE estabilizou depois de ter aumentado nos últimos meses, enquanto as histórias falsas sobre o tema das alterações climáticas subiram ligeiramente, provavelmente em consequência do apagão em Espanha.

A percentagem de histórias de desinformação que utilizaram conteúdos gerados por inteligência artificial (IA) manteve-se em abril, assemelhando-se aos valores de março, sendo que, dos 1.551 artigos de verificação de factos, 103 (7%) abordaram a utilização desta tecnologia na desinformação.

Paulo Resendes