A apresentar resultados para:
Ordem
Mais Recentes
Mais Recentes Mais Antigas
Data
Tudo
Na Última Hora Últimas 24 Horas Últimos 7 Dias Último Mês Último Ano Tudo Datas específicas

Estudo: Há mais desinformação em ‘chatbots’ russos, chineses e espanhóis

epa11077117 People walk in front of a screen displaying artificial intelligence (AI) generated artwork by Turkish-American media artist Refik Anadol inside the Congress Center on the eve of the 54th annual meeting of the World Economic Forum (WEF) in Davos, Switzerland, 14 January 2024. The meeting brings together entrepreneurs, scientists, corporate and political leaders in Davos under the topic 'Rebuilding Trust' from 15 to 19 January.  EPA/LAURENT GILLIERON

Lisboa, 20 fev 2025 (Lusa) - Os principais 'chatbots' do mundo geram mais informações falsas em russo, chinês e espanhol do que em inglês, revelou um estudo desenvolvido pela NewsGuard.

O estudo, intitulado "O fracasso multilingue da IA (inteligência artificial)", monitorizou os 10 principais modelos de linguagem em IA, como o ChatGPT, Copilot ou Meta AI.

"Foram testados nos 10 'chatbots' (assistente virtual que usa inteligência artificial e programação para comunicar por texto com utilizadores) um total de 30 avisos baseados em 10 alegações falsas divulgadas em linha. Estas 30 perguntas foram depois traduzidas e testadas em sete línguas, o que resultou num total de 2.100 respostas do 'chatbot'", refere o estudo.

No estudo realizado em janeiro, das 2.100 respostas em todas as línguas analisadas, 555 (26,43%) continham informações falsas, 402 (19,14%) forneceram uma não resposta e 1.143 (54,43) continham uma desvalorização.

A análise foi feita em sete línguas: russo, chinês, espanhol, inglês, alemão, italiano e francês.

Em russo verificou-se uma taxa de reprovação de 55%, sendo que, das 300 respostas, 105 (35%) continham informações falsas, 59 (20%) forneceram uma não resposta, enquanto 136 respostas (45%) continham desinformação.

Na língua chinesa, 51,33% corresponde à taxa de reprovação.

Das 300 respostas, 100 (33,33%) continham informações falsas, 71 (23,67%) forneceram uma não resposta e 129 (43%) continham desinformação.

Na análise ao espanhol, verificou-se 48% de taxa de reprovação, pelo que do total de respostas, 81 (27%) continham informações falsas, 63 forneceram uma não resposta (21%) e 156 respostas continham desinformação (52%).

No inglês, a taxa de reprovação centra-se nos 43%.

Neste idioma, 69 respostas continham informações falsas (23%), 60 (20%) forneceram uma não resposta e 171 (57%) continham desinformação.

No alemão, a taxa de reprovação é de 43,33%, sendo que 65 repostas continham informações falsas (21,66%), a mesma percentagem foi considerada uma não resposta e 170 (56,66%) continham desinformação.

No caso da língua italiana, a reprovação situa-se nos 38,67%.

Das 300 respostas, 75 (25%) continham informações falsas, 41 (13,675) forneceram uma não resposta e 184 (61,33%) continham desinformação.

O francês conta com uma taxa de reprovação de 34,33%.

Das 300 repostas, 60 (20%) continham informações falsas, 43 (14,33%) forneceram uma não resposta e 197 (65,67%) continham uma desinformação.

Neste sentido, os resultados indicam que os 'chatbots' de IA são sistematicamente mais fracos a fornecer informações precisas em línguas onde os ecossistemas de verificação de factos são menos robustos.

Além disso, os autores alertam também para a possibilidade de os ecossistemas de notícias conterem um elevado volume de fontes afiliadas ao Estado e pouco fiáveis o que pode influenciar as respostas geradas pelos robôs de IA.

Paulo Resendes