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Estudo: TikTok é rede social com mais desinformação ‘online’

epa08678600 (FILE) - A close-up shows an application 'TikTok' on a smart phone in Berlin, Germany, 07 July 2020 (reissued 18 September 2020). The US Commerce Department on 18 September 2020 announced that downloads of ByteDance's video sharing app TikTok and multi-purpose messaging and payment platform WeChat will be blocked in the US starting 20 September 2020.  EPA/HAYOUNG JEON *** Local Caption *** 56200256

Lisboa, 29 out 2025 (Lusa) – O TikTok é a rede social com mais desinformação, com uma em cada cinco publicações a conterem informação incorreta ou enganadora, concluiu um estudo da ONG Science Feedback.

O TikTok (20%) mostra a maior prevalência de desinformação agregada nos quatro idiomas analisados no estudo, indicando que cerca de uma em cada cinco publicações contêm informação falsa ou enganadora.

Depois do TikTok, segue-se o Facebook (13%) e a rede social X (11%), enquanto o Instagram e o YouTube apresentam índices de desinformação que rodam os 8%.

O Linkedln regista a menor prevalência, com apenas 2% de conteúdo desinformativo analisado, sugerindo que a exposição à desinformação nesta plataforma é limitada.

“Na maioria das plataformas, as contas que compartilharem repetidamente informações incorretas recebem significativamente mais interações por publicação e por cada 1.000 seguidores do que as contas de alta credibilidade”, lê-se no estudo.

Os atores de desinformação mantêm presenças ativas em vários serviços, com maior atração relativa pelo X e Facebook, uma vez que o Instagram e o Linkedln são comparativamente mais favoráveis a atores de alta credibilidade.

No YouTube, as contas de baixa credibilidade obtêm em média oito vezes mais interações por publicação e por cada 1.000 seguidores do que as contas de alta credibilidade.

No Facebook a diferença é sete vezes mais, cerca de cinco no Instagram e X e duas no TikTok. Neste sentido, “atores de baixa credibilidade são mais propensos do que atores de alta credibilidade a serem ativos no X e no Facebook. O YouTube mostra paridade e o Instagram e o Linkedln são comparativamente menos atraentes" para atores desinformativos.

O estudo refere ainda que a prevalência de um baixo índice de desinformação no Linkedln demonstra que as escolhas de produtos e políticas são importantes, dado que as plataformas podem projetar sistemas que não recompensem o conteúdo enganador com visibilidade adicional.

Nos casos em que os atores de desinformação saem beneficiados, os autores do estudo alertam que o DSA (Regulamento dos Serviços Digitais) aborda a supervisão das plataformas e o acesso à pesquisa.

O estudo desenvolvido pela Science Feedback procurou fazer uma medição estrutural nas seis plataformas ‘online’, em quatro estados membros da União Europeia: Espanha, França, Polónia e Eslováquia.

A Science Feedback é uma organização sem fins lucrativos dedicada à educação científica.

 

Paulo Resendes