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EUA/Eleições: Congresso quer saber como Facebook e Twitter trataram a desinformação

Washington, 16 nov 2020 (Lusa) - Os presidentes do Facebook e do Twitter estão a ser convocados para explicarem perante o Congresso a forma como trataram a desinformação nas eleições presidenciais de 2020 nos Estados Unidos.

Destacados senadores republicanos recusaram-se a desmentir as alegações infundadas do Presidente, Donald Trump, sobre irregularidades e fraude nas votações, mesmo quando a desinformação que contesta a vitória do democrata Joe Biden aumentou na internet.

A senadora Lindsey Graham, uma aliada próxima de Trump, que dirige a Comissão Judiciária do Senado, perante a qual os presidentes dos gigantes tecnológicos testemunharão na terça-feira, exortou publicamente: "Não ceda, senhor Presidente. Lute com força".

Tanto Mark Zuckerberg, do Facebook, como Jack Dorsey, do Twitter, prometeram em outubro aos legisladores que defenderiam as suas plataformas da manipulação por governos estrangeiros ou da utilização para incitar à violência a propósito dos resultados eleitorais e adotaram procedimentos que enfureceram Trump e os seus apoiantes.

Tanto o Twitter como o Facebook identificaram como desinformação alguns conteúdos publicados por Trump, sobretudo as suas afirmações que associam o voto por correio à fraude. O Twitter sinalizou o ´tweet` de Trump onde proclamava "Eu ganhei a eleição!" com esta nota: "Fontes oficiais consideraram de forma diferente esta eleição".

Dois dias após as eleições de 03 de novembro, o Facebook baniu um grupo de 350 mil membros, designado "Parar o Roubo", que os apoiantes de Trump estavam a utilizar para organizar protestos contra a contagem dos votos.

O Facebook não respondeu imediatamente a um pedido de informação sobre as suas atuais ações específicas em relação a tais grupos.

Tendo em conta a forma como as empresas exercem o seu poder de filtrar discursos e ideias, Trump e os republicanos acusam as redes sociais de preconceitos anticonservadores. As críticas surgem também dos democratas, embora por diferentes razões.

Ambas as partes estão interessadas em retirar algumas das proteções que têm defendido as empresas tecnológicas da responsabilidade legal por aquilo que as pessoas colocam nas suas plataformas.

Mas são as ações adotadas pelas empresas sobre as eleições que provavelmente estarão em foco na audição de terça-feira.

O Facebook insiste que aprendeu a lição com as eleições de 2016, garante já não ser um canal para desinformação, supressão de votos e perturbação eleitoral e acrescentou ter removido contas com esse intuito. Também o Twitter suspendeu cinco contas relacionadas.

Os críticos, tal como alguns empregados do Facebook, dizem que os esforços da empresa para reforçar as suas salvaguardas continuam a ser insuficientes.

 

Ana Rodrigues