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Facebook: Três utilizadores processam rede social por alegada violação de privacidade

São Francisco, Estados Unidos, 28 mar (Lusa) - Três utilizadores do serviço de mensagens instantâneas do Facebook (Messenger) iniciaram um processo judicial contra a rede social fundada por Mark Zuckerberg por alegada violação de privacidade, noticiou hoje a agência norte-americana Associated Press (AP).


Os utilizadores alegam que a rede social violou as leis de privacidade ao ter recolhido dados associados às respetivas chamadas telefónicas e mensagens de texto.


Este processo, que deu entrada na terça-feira num tribunal federal no norte do Estado norte-americano da Califórnia, acontece numa altura em que o Facebook está sob um intenso escrutínio público a propósito de questões relacionadas com a privacidade e a proteção de dados.


A agência noticiosa norte-americana contactou o Facebook para comentar este processo, mas, segundo indicou a AP ao final da manhã, não obteve até então qualquer resposta.


No domingo, o Facebook reconheceu que começou em 2015 a fazer 'upload' (envio de dados de um computador local para um computador remoto) das chamadas e das mensagens de texto dos telefones com o sistema operativo Android (desenvolvido pela empresa de tecnologia Google). Também esclareceu na mesma altura que apenas os utilizadores que deram autorização foram afetados.


O Facebook tem estado no centro de uma vasta polémica internacional associada com a empresa Cambridge Analytica, acusada de ter recuperado dados de 50 milhões de utilizadores da rede social, sem o seu consentimento, para elaborar um programa informático destinado a influenciar o voto dos eleitores, nomeadamente nas últimas eleições presidenciais norte-americanas que ditaram a nomeação de Donald Trump para a Casa Branca.


O ex-funcionário da Cambridge Analytica Christopher Wylie disse na terça-feira que a empresa teve um "papel decisivo" no referendo sobre o 'Brexit' (processo de saída do Reino Unido da União Europeia).


A rede social fundada por Mark Zuckerberg afirmou-se "escandalizada por ter sido enganada" pela utilização feita com os dados dos seus utilizadores e disse que "compreende a gravidade do problema".


O escândalo levou a uma descida das ações do Facebook e Mark Zuckerberg foi convocado por uma comissão parlamentar britânica, pelo Parlamento Europeu e pelo Congresso norte-americano para se explicar. Nos Estados Unidos, os procuradores de Nova Iorque e de Massachusetts e a Comissão Federal do Comércio anunciaram que vão investigar o caso.



SCA (AMG) // PJA


Lusa/Fim