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Desinformação na política e saúde sobe mais de 50%

epa08573222 A man reads news about social media at a cafe in Istanbul, Turkey, 29 July 2020.  Turkey’s Parliament has passed a controversial bill which gives the government control of social media. According to the bill social media companies such as Facebook and Twitter have to ensure they have local representatives in Turkey.  EPA/SEDAT SUNA

Lisboa, 11 fev 2021 (Lusa) - A desinformação relativa a questões políticas e de saúde, entre outras aumentou "mais de 50%" no segundo semestre de 2020, de acordo com o relatório semestral da S21sec, fornecedora de serviços de cibersegurança na Península Ibérica, hoje divulgado.

O "Threat Landscape Report" analisa a evolução do cibercrime ao longo da segunda metade do ano passado.

"A equipa de 'intelligence' da S21sec também identificou um aumento, em mais de 50%, de 'fake news' ou desinformação sobre questões políticas, governamentais e de saúde, entre outras, não verificada e divulgada em plataformas sociais" como Twitter e Facebook ou plataformas de mensagens como WhatsApp e Telegram, refere a empresa, em comunicado.

"É difícil definir quem é o responsável pelas campanhas de desinformação, mas é possível, através de uma monitorização ativa, detetar as forças motrizes, que vão desde cidadãos insatisfeitos a órgãos e atores estatais ou financiados por estes", explica Sonia Fernández, responsável da equipa de Intelligence da S21sec, citada em comunicado.

A forma de atuar "centra-se na identificação de uma situação relevante de interesse social e/ou político" e, "de seguida, cria-se material desinformativo, aproveitando o tema escolhido e é colocado em grupos-alvo que possam dar corpo e voz àquela informação, distribuindo-a na rede para atingir um número maior de pessoas e influenciar os demais", de acordo com a S21sec.

"Pode ser um crime. Ações de desinformação são capazes de polarizar a população, afetando a segurança nacional, interferindo nos interesses nacionais, manipulando setores da população e disseminando informações falsas que podem influenciar processos do Estado", refere a empresa de cibersegurança, que aconselha "a verificar as informações e aceder sempre aos 'sites' oficiais capazes de verificar a sua autenticidade".

A segunda metade do ano passado foi "muito marcada por incidentes de segurança relacionados com 'ransomware', já que quase semanalmente este tipo de ataques tem sido reportado em empresas dos mais diversos setores, como financeiro, saúde, indústria química ou videojogos", destacou Sonia Fernández, salientando que a tática foi invertida e que agora primeiro tentam extorquir e só depois avançam para o cibertaque.

A equipa de 'intelligence' detalha que, "embora estes tipos de ataques tenham sido vistos pela primeira vez em agosto, a sua atividade desacelerou na primeira quinzena de setembro e regressou com um crescimento significativo no final de setembro e início de outubro".

 

Alexandra Luís