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Facebook arranca hoje com campanha para identificar desinformação

epa07144102 (FILE) - The Facebook icon is displayed in Taipei, Taiwan, 28 April 2017 (reissued 06 November 2018). According to media reports on 06 November 2018, Facebook blocked around 115 accounts due to suspicious activity, after the US Federal Bureau of Investigation (FBI) contacted the company and brought attention to numerous accounts which could be linked to 'foreign entities'. The removal occurs on the eve of US midterm elections on 07 November.  EPA/RITCHIE B. TONGO

Lisboa, 30 jun 2020 (Lusa) - O Facebook arranca hoje com uma campanha de literacia digital em 42 países, incluindo Portugal, "desenhada para ajudar as pessoas a detetar falsas notícias", disse à Lusa o responsável pelas parcerias do Facebook com a imprensa na Europa Central.

"Estamos a trabalhar muito para melhorar a fiabilidade da informação no Facebook", afirmou Guido Buelow, salientando o trabalho que a rede social tem vindo a fazer para combater a desinformação.

"É uma responsabilidade que levamos muito a sério", salientou, apontando várias iniciativas do Facebook como reduzir a distribuição de conteúdos falsos, o trabalho desenvolvido com mais de 70 'fact-checkers' [verificadores de factos] em mais de 50 línguas, entre outras.

Neste âmbito, explicou, o Facebook lança hoje "uma campanha desenhada para ajudar as pessoas a detetar falsas notícias 'online'", em que nas próximas quatro semanas será é pedido aos utilizadores que "façam uma pausa e respondam a três questões" sobre o que realmente estão a ler, explicou Guido Buelow.

Num trabalho conjunto com os parceiros de 'fact-checking', o Facebook criou três perguntas que ajudam a eliminar as notícias falsas - "Isto veio de onde? O que falta? Como é que o fez sentir?", que vão surgir através de uma série de anúncios criativos com uma ligação para o 'site' www.stampoutfalsenews.com.

O Facebook espera que estes anúncios levem as pessoas a questionarem-se sobre informação que veem na rede social.

Esta campanha estará em todos os países da União Europeia e Reino Unido, incluindo ainda Camarões, Costa do Marim, Egito, Etiópia, Iraque, Quénia, Líbia, Marrocos, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Uganda e Emirados Árabes Unidos, num total de 42 países.

Guido Buelow adiantou ainda que para testar a eficácia desta campanha, o Facebook vai ter inquéritos que avaliam o que as pessoas aprenderam, o que irá "permitir desenvolver campanhas de literacia digital no futuro".

Questionado sobre se há uma diferença entre a Europa e os Estados Unidos no que respeita à propagação da desinformação, o 'head of news partnerships' na Europa Central do Facebook considerou que não.

"O que vemos com a desinformação sobre covid-19, por exemplo, é que viaja através de diferentes países" e "não há uma grande diferença" entre eles, considerou.

O Facebook está comprometido em ajudar a "educar as pessoas para as empoderar", "dar ferramentas para que possam detetar a desinformação, referiu Guido Buelow.

Em Portugal, a rede social trabalha com dois 'fact-checkers', o Polígrafo e o Observador.

Questionado sobre em que ponto no caminho é que está o combate à desinformação, o responsável disse estar "no meio".

"Estamos constantemente a construir" formas de verificar factos, as "campanhas [de literacia digital] estão a ficar mais sofisticadas" e isso vai "ajudar a melhorar e a educar" as pessoas, "estamos no meio [do caminho]" do combate à desinformação, concluiu.

Esta campanha surge depois do Facebook anunciar na semana passada que as notícias antigas vão ter um alerta que avisa que esse conteúdo tem mais de 90 dias e se tem a certeza que, ainda assim, quer partilhar a notícia.

ALU // JNM

Lusa/Fim

Alexandra Luís