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Governo rejeita divergências com diretor da PJ sobre sentimento de insegurança

Lisboa, 20 jan 2025 (Lusa) -- O ministro da Presidência rejeitou hoje qualquer divergência com o diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ) sobre perceções de insegurança, concordando que existe muita desinformação e afirmando que "nunca foi o Governo que misturou" segurança com imigração.


Em declarações aos jornalistas no final da segunda reunião do Conselho Nacional para as Migrações e Asilo, que hoje decorreu nos Paços do Concelho, em Lisboa, o ministro António Leitão Amaro rejeitou divergências com o diretor da PJ, que recentemente associou o sentimento de insegurança em Portugal ao aumento da desinformação, sem relação com os números reais de criminalidade.


"Eu, como qualquer governante, também acho que há muita desinformação a circular no debate público. É verdade. Eu não interpreto nenhuma divergência entre o que disse nenhum dos responsáveis das polícias, com quem temos um contacto muito próximo", disse Leitão Amaro, que referiu haver "vários relatos com vários números".


O ministro separou também a questão da insegurança do tema da imigração: "O Governo, o primeiro-ministro, eu próprio, a senhora ministra da Administração Interna, inúmeras vezes temos dito sobre a segurança que é um tema diferente do tema da imigração. Nunca foi o Governo que misturou os temas".


Acrescentou, sobre a mistura de temas, que esta acontece com diferentes intenções e que os crimes devem ser investigados e julgados "por si" e "sem olhar à raça, à nacionalidade, à cor da pele, ao credo religioso".


"A cor da pele, a nacionalidade, não são razões nem para perseguir nem para ser excluído de investigação", disse o ministro que tutela a pasta imigração.


O diretor nacional da PJ, Luís Neves, afirmou na sexta-feira que o sentimento de insegurança é gerado pelo aumento da desinformação e ameaças híbridas, salientando que os números de criminalidade violenta desmentem essa ideia.


Rejeitou também que os estrangeiros sejam responsáveis por níveis relevantes de criminalidade em Portugal e sublinhou o peso reduzido que têm na população prisional.



IMA (PJA) // FPA


Lusa/fim