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Grupos de direitos civis dos EUA pedem boicote a publicidade no Facebook

epa03223299 A Facebook logo on display at the NASDAQ headquarters in Times Square   New York New York , USA, 17 May 2012.  Facebook is set to start publicly trading on the NASDAQ Friday at $38 a share raising $16 Billion in its Initial Public Offering valuing the company at over $100 Billion dollars  EPA/ANDREW GOMBERT

Redação, 17 jun 2020 (Lusa) -- Vários grupos de defesa dos direitos civis nos Estados Unidos estão a pedir aos grandes anunciantes para suspenderem as suas campanhas publicitárias, em julho, no Facebook, que acusam de não reduzir os conteúdos racistas.

Uma iniciativa que junta grupos de defesa de direitos civis promovendo a campanha #StopHateforProfit (parem o ódio por lucro) -- que foi lançada hoje e inclui a Liga contra a Difamação, os Gigantes Adormecidos, a Cor da Mudança, a Imprensa Livre, entre outros -- está a pedir aos anunciantes para suspenderem, durante o mês de julho, todo o investimento publicitário na rede social Facebook.

"É claro que o Facebook e o seu CEO, Mark Zuckerberg, já não estão apenas a ser negligentes. Estão a ser complacentes na disseminação de informações erradas, apesar dos danos irreversíveis à nossa democracia. Tais ações prejudicam a integridade das nossas eleições, em 2020", disse, num comunicado, Derrick Johnson, líder da Associação Nacional para o Avanço das Pessoas de Cor, um grupo de defesa dos direitos civis.

Este conjunto de grupos acusa o Facebook de amplificar as mensagens de supremacistas brancos, permitindo mensagens que incitam à violência e que contêm propaganda política e desinformação.

Assim, a iniciativa #StopHateforProfit quer criar "pressão política", incentivando os grandes anunciantes a não financiar a rede social, durante um mês, como forma de protesto contra a atitude da empresa.

A empresa que gere o Facebook ainda não comentou esta iniciativa.

As grandes empresas de tecnologia de informação debatem-se sobre como gerir a enorme quantidade de mensagens de texto, áudio e vídeo que são produzidas diariamente por milhões de utilizadores.

Os funcionários do Facebook criticaram recentemente Zuckerberg por este ter decidido permitir mensagens do Presidente norte-americano, Donald Trump, quando este sugeriu que os manifestantes que protestavam contra o racismo e a violência policial, em dezenas de cidades, poderiam ser alvos de tiros.

Enquanto enfrenta críticas pela sua política empresarial permitir que políticos publiquem informações falsas, o Facebook prometeu que faria uma campanha de promoção da participação eleitoral nas próximas presidenciais dos EUA, em novembro próximo.

RJP // ANP

Lusa/Fim

Ricardo Jorge Pinto