Israel abre investigação sobre Facebook para proteger direitos dos cidadãos
Jerusalém, 22 mar (Lusa) - A Autoridade Israelita de Proteção da Privacidade abriu hoje uma investigação às atividades da rede social Facebook, na sequência das suspeitas do uso de dados de clientes da empresa num programa com fins políticos, anunciou o Governo.
Com esta investigação, a autoridade israelita visa averiguar a "transferência de dados pessoais do Facebook à Cambridge Analytica e a possibilidade de outras infrações da lei de privacidade que digam respeito a clientes israelitas", segundo informação divulgada hoje em comunicado pelo Ministério da Justiça.
De acordo com a lei, os dados pessoais só devem ser usados para o propósito pelo qual foram criados e com o consentimento do utilizador, referiu ainda o Ministério da Justiça.
No mesmo comunicado, e com base nas acusações à rede social, o Ministério concluiu que "a autoridade irá investigar se os dados pessoais dos cidadãos israelitas foram usados ilegalmente de modo a infringir o seu direito de privacidade" bem como "a lei de Privacidade de Israel".
Também a Comissão Federal do Comércio dos EUA (FTC, sigla em inglês) iniciou uma investigação contra a empresa dirigida por Mark Zuckerberg que poderá implicar uma multa milionária.
O Facebook tem estado no centro de uma vasta polémica internacional com a empresa Cambridge Analytica, acusada de ter recuperado dados de 50 milhões de utilizadores da rede social, sem o seu consentimento, para elaborar um programa informático destinado a influenciar o voto dos eleitores, favorecendo a campanha de Donald Trump.
EZS // FPA
Lusa/Fim