Jornalistas pró curdos interpelados na Turquia por divulgação de “notícias falsas”
Istambul, 26 out 2022 (Lusa) -- Uma dezena de jornalistas da comunicação social pró curda foram interpelados na terça-feira em seis províncias turcas, uma semana depois de da entrada em vigor de uma lei que pune com prisão a divulgação de notícias consideradas falsas.
A notícia foi divulgada pelo Sindicato dos Jornalistas da Turquia.
Segundo a polícia de Ancara, 11 pessoas foram detidas durante operações simultâneas pelos seus alegados laços com militantes curdos e pela "difusão de informações incitando ao ódio e à hostilidade".
Os jornalistas interpelados trabalhavam para as agências noticiosas pró curdas Mezopotamya e Jinnews, indicou na rede social Twitter o sindicato dos jornalistas TGS.
No final de junho, 16 jornalistas turcos foram detidos "por pertença a organização terrorista", em Diyarbakir, no sudeste turco, onde há uma maioria curda.
A Turquoa aprovou, em meados de outubro, uma lei sobre a desinformação que, a oito meses das eleições gerais, pune com até três anos de prisão todas as pessoas que divulguem "informações falas ou enganadoras".
Várias organizações não-governamentais denunciam regularmente a erosão da liberdade de imprensa na Turquia, que foi colocada na 149.ª posição entre 180 na classificação de liberdade de imprensa do ano de 2012 publicada pela Repórteres sem Fronteiras (RSF).
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