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Meta acaba com o programa de ‘fack checking’ nos EUA

epa11116186 Meta CEO Mark Zuckerberg arrives to testify before a Senate Judiciary Committee hearing on protecting children from sexual exploitation online in the Dirksen Senate Office Building in Washington, DC, USA, 31 January 2024. House lawmakers are finding rare bipartisan support for their Kids Online Safety Act, which seeks to fight online child sexual abuse.  EPA/TASOS KATOPODIS

Washington, 07 jan 2025 (Lusa) - A Meta vai acabar com o seu programa de verificação de factos nos Estados unidos, dando um passo atrás no combate à desinformação, avançou hoje o fundador da empresa, Mark Zuckerberg.

“Vamos acabar com os verificadores de factos e substituí-los por classificações comunitárias, semelhantes àquelas do X (antigo Twitter), começando pelos Estados Unidos”, declarou Mark Zuckerberg numa mensagem nas redes sociais.

Segundo o fundador do Facebook, “os verificadores têm sido demasiado orientados politicamente e têm contribuído mais para reduzir a confiança do que para a melhorar, especialmente nos Estados Unidos”.

O anúncio da Meta (Facebook, Instagram, WhatsApp) surge numa altura em que os eleitores republicanos e o proprietário da rede social rival X, Elon Musk, se têm queixado repetidamente dos programas de verificação de factos, comparando-os a programas de censura.

“As recentes eleições parecem ser um ponto de viragem cultural que, mais uma vez, dá prioridade à liberdade de expressão”, afirmou o chefe da Meta.

Ao mesmo tempo, o grupo deveria rever e “simplificar” as suas regras de conteúdo em todas as suas plataformas e “pôr fim a um certo número de limites sobre temas como a imigração e o género, que já não fazem parte do discurso dominante”, acrescentou Zuckerberg.

O dono do Facebook tomou algumas decisões relacionadas com o Presidente eleito Donald Trump, incluindo um donativo de um milhão de dólares para o fundo que financia as cerimónias de tomada de posse previstas para 20 de janeiro.

O candidato republicano tem sido particularmente crítico da Meta e do seu patrão nos últimos anos, acusando a empresa de parcialidade e de apoiar pontos de vista progressistas.

Donald Trump foi suspenso do Facebook após o ataque ao Capitólio em 06 de janeiro de 2021, mas a sua conta foi reativada no início de 2023.

Entre as mudanças que se avizinham, a Meta vai transferir a sua equipa de “confiança e segurança” da Califórnia, geralmente mais progressista, para o Texas, um estado culturalmente mais conservador.

“Isto vai ajudar-nos a criar a confiança de que necessitamos para fazer o nosso trabalho com menos preocupações de parcialidade entre as nossas equipas”, explicou Zuckerberg.

A empresa quer agora adotar uma abordagem mais personalizada, dando aos utilizadores um maior controlo sobre a quantidade de conteúdo político que querem ver no Facebook, Instagram ou Threads.

Afonso Rodrigues