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Meta planeia despedir 5% do seu pessoal considerado “pouco eficiente”

epa11116393 Meta CEO Mark Zuckerberg testifies before a Senate Judiciary Committee hearing on protecting children from sexual exploitation online in the Dirksen Senate Office Building in Washington, DC, USA, 31 January 2024. House lawmakers are finding rare bipartisan support for their Kids Online Safety Act, which seeks to fight online child sexual abuse.  EPA/TASOS KATOPODIS

São Francisco, 15 jan 2025 (Lusa) - A Meta planeia despedir cerca de 3.600 empregados considerados pouco eficientes, antes de contratar funcionários para ocupar os seus lugares a partir deste ano, de acordo com um memorando interno enviado na terça-feira aos seus empregados A empresa-mãe do Facebook, Instagram e WhatsApp confirmou à AFP que o patrão Mark Zuckerberg decidiu despedir 5% do pessoal. A Meta empregava cerca de 72.400 pessoas em setembro.

“Decidi elevar a fasquia da gestão do desempenho e livrar-me mais rapidamente dos funcionários com fraco desempenho”, afirma o CEO na nota.

A Meta já tinha despedido vários milhares de trabalhadores em 2023, decretado o “ano da eficiência” na sequência da pandemia.

O despedimento de uma parte dos trabalhadores com base no desempenho é uma prática comum nas grandes empresas americanas.

Uma decisão semelhante foi anunciada na Microsoft na semana passada, segundo o Business Insider, afetando menos de 1% dos empregados do grupo.

A decisão da Meta, no entanto, faz parte de uma série de anúncios com o objetivo de transformar o gigante das redes sociais na era de Donald Trump e Elon Musk.

Na semana passada, Mark Zuckerberg pôs fim ao seu programa de verificação de factos nos Estados Unidos, destinado a combater a desinformação nas suas plataformas e visto como “censura” contra os conservadores pela direita americana.

Em vez de organizações independentes, os utilizadores poderão acrescentar contexto a certas publicações, como acontece na rede social X de Elon Musk.

O líder também pôs fim aos programas destinados a promover a diversidade dos funcionários e as regras de moderação de conteúdos no Facebook e no Instagram foram flexibilizadas.

A partir de agora serão permitidos mais insultos e apelos à exclusão de mulheres e pessoas LGBTQIA+ das instituições.

Ambas as decisões estão também alinhadas com as visões políticas do presidente-eleito Donald Trum e do seu aliado Elon Musk.

“Penso que grande parte da nossa sociedade se tornou (...) castrada, de certa forma, ou emasculada”, disse Mark Zuckerberg a Joe Rogan, apresentador de um popular podcast conservador, numa entrevista alargada transmitida na sexta-feira.

Tal como muitos dos seus vizinhos e concorrentes no Silicon Valley, Zuckerberg tem feito repetidos avanços em direção a Donald Trump.

Jantou com ele em novembro, doou um milhão de dólares para a sua cerimónia de tomada de posse, a 20 de janeiro, e nomeou vários dos seus aliados para cargos importantes.

Do lado inverso, o empresário Dana White, presidente da liga desportiva de artes marciais UFC e apoiante de Donald Trump, faz agora parte do conselho da Meta.

A nomeação foi anunciada por Zuckerberg no Facebook, onde acrescentou que Charlie Songhurst, um investidor em tecnologia que tem aconselhado a Meta sobre inteligência artificial, e John Elkann, CEO da Exor, uma holding que possui várias marcas automóveis e outras empresas, também farão parte do conselho de diretores.

Tomás Barros