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Ministro da Cultura considera haver consenso alargado sobre importância do serviço público de media

O ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, usa da palavra no 6.º Congresso Literacia, Media e Cidadania, na Escola Superior de Comunicação Social do Instituto Politécnico de Lisboa, 21 de abril de 2023. TIAGO PETINGA/LUSA

Lisboa, 22 mai 2023 (Lusa) – O ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, considerou hoje que existe um consenso alargado sobre a importância "fundamental em torno do serviço público de media, destacando que este deve funcionar como "regulador" de qualidade e diversidade da informação.
Pedro Adão e Silva, que se encontra ausente do país, manifestou esta posição numa mensagem que enviou à conferência internacional sobre "o futuro do serviço púbico de media", promovida pelo Conselho de Opinião da RTP com o apoio da Polícia Judiciária, que está a decorrer em Lisboa.
Considerando que existe hoje um "consenso social e mais alargado em torno daquilo que é a importância fundamental" do serviço público e de televisão, o ministro da Cultura apontou os desafios novos que o ambiente digital coloca aos meios de comunicação tradicionais, considerando que "desafios novos significam que continuar a zelar pelo serviço público implica ser capaz de se adaptar ao ambiente digital".
Pedro Adão e Silva referiu também que, não sendo o fenómeno da desinformação uma realidade nova, tem agora características distintas, contribuindo para fenómenos perversos que são terreno fértil para formas de manipulação de opinião.
Neste contexto, considerou ser que, tal como no passado, o papel do serviço público é "fundamental". Mas, afirmou, "o serviço publico deve funcionar como um regulador, quanto à qualidade e rigor e independência de informação credível.
Intervindo num dos debates desta conferência, sobre o "papel do serviço público no panorama mediático nacional", o presidente do Conselho de Administração da RTP, Nicolau Santos, referiu a "mudança radical" que o predomínio do digital implica, ao nível da organização e do investimento.
Nicolau Santos aproveitou também para reiterar uma sua proposta para que os operadores de televisão portugueses se juntem na comercialização para fora dos conteúdos por si produzidos em português.
"Cada um por si terá mais dificuldade em afirmar-se", do que se tentarem juntar-se para comercializarem estes conteúdos a nível internacional, precisou o presidente do Conselho de Administração da RTP.
José Rebelo, professor emérito do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa e ex-membro do Conselho de Opinião da RTP, referiu, por seu lado, vários dos desafios que a transformação digital implica, ao nível do investimento em equipamentos e das qualificações dos trabalhadores, salientando que este tem de ser um processo gradual.
Orador convidado do mesmo debate, Luís Marques, ex-administrador da RTP e do grupo Impresa, referiu-se às mudanças na tipologia do consumo dos media e defendeu a necessidade "refundar" aquilo que é hoje fazer conteúdos.

LT // CSJ
Lusa/Fim