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Ministro polaco para as relações com a UE apresenta demissão

Varsóvia, 12 out 2022 (Lusa) -- O ministro polaco para as relações com a União Europeia (UE), Konrad Szymansky, demitiu-se hoje, alegando que está alinhado com a liderança do seu Governo nos protestos contra a forma como o seu país tem sido tratado por Bruxelas.


A saída de Konrad Szymanski foi vista como um enfraquecimento da equipa do primeiro-ministro, Mateusz Morawiecki, no momento de escalada de tensões dentro do Governo sobre a crise energética e sobre as formas de conter a inflação.


O governo polaco tem várias disputas com Bruxelas, sendo a principal sobre o seu histórico de proteção do Estado de Direito e da democracia, o que levou Bruxelas a congelar fundos da UE para a recuperação da crise provocada pela pandemia de covid-19.


"Não é bom quando um ministro relativamente pró-europeu sai e provavelmente será substituído por alguém decididamente mais anti-europeu", disse o deputado da oposição de esquerda Lukasz Kohut.


Szymanski, que ocupava o cargo de ministro dos assuntos da União Europeia desde 2019, explicou que, embora os ministros e os governos mudem, a Polónia deve manter uma posição coerente sobre a sua posição na Europa.


"Estou convencido de que o meu sucessor terá a mesma experiência, profissionalismo e dedicação à causa e seguirá uma política alinhada com os interesses da Polónia na UE", defendeu Szymanski.


O presidente da Polónia, Andrzej Duda, aceitou formalmente a demissão de Szymanski e também a do chefe de gabinete de Morawiecki, Michal Dworczyk.


Dworczyk demitiu-se no mês passado, alegando motivos pessoais, depois de piratas informáticos terem revelado mensagens eletrónicas da sua conta pessoal em que dava conta de divergências com decisões do Governo.


Dworczyk e outros membros do Governo de Morawiecki disseram acreditar que o ataque informático foi parte de uma campanha russa de desinformação, realizada pelos serviços secretos russo e bielorrusso.



RJP // APN


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