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Observatório europeu denuncia campanha de desinformação para enfraquecer apoio à Ucrânia

epaselect epa12073241 Ukrainian President Volodymyr Zelensky attends a joint press conference with his Czech counterpart after their meeting at Prague Castle, in Prague, Czech Republic, 04 May 2025. The Ukrainian president is on a two-day official visit to the Czech capital.  EPA/MARTIN DIVISEK

Lisboa, 20 mai 2025 (Lusa) - O Observatório Europeus dos Media Digitais (EDMO) denunciou uma campanha de desinformação para enfraquecer o apoio ocidental à Ucrânia e os seus aliados e para desacreditar os oponentes políticos russos, como a UE e os EUA.

De acordo com uma investigação do EDMO, a campanha de desinformação "Storm-1516" foi identificada pela primeira vez em dezembro de 2023, sendo responsável pelas principais narrativas de desinformação que envolvem o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, bem como outros políticos na Europa e Estados Unidos.

O principal objetivo desta campanha passa por desacreditar o governo ucraniano aos olhos da opinião pública ocidental, mas também minar o apoio público europeu à assistência militar e económica, fornecida à Ucrânia para combater a invasão russa do país, segundo a nota informativa do EDMO publica no 'site'.

De forma a alcançar este objetivo, várias narrativas falsas contra a Ucrânia circularam 'online' e em vários idiomas, sendo que uma delas afirmava que o Governo ucraniano apoiaria o terrorismo recrutando membros do estado islâmico para lutar na Ucrânia ou organizando treinos conjuntos entre membros do grupo palestino Hamas e o batalhão ucraniano Azov.

Também políticos, personalidades e governos ocidentais são visados, especialmente durante os períodos eleitorais.

No caso da campanha americana de 2024, "o Storm-1516 faz circular várias teorias da conspiração e notícias falsas para desacreditar o processo eleitoral e figuras proeminentes do Partido Democrata, como Barack Obama. Num áudio falso gerado com inteligência artificial (IA), o ex-presidente dos EUA pode ser ouvido alegando que o Partido Democrata dos EUA estava por trás da tentativa de assassinato de Trump no sábado, 13 de julho de 2024, durante um comício em Butler, Pensilvânia".

Já a União Europeia (UE) é sobretudo visada com desinformação sobre imigração e terrorismo, considerados tópicos divisores ou provocadores de ansiedade, sobretudo no período que antecede grandes acontecimentos, como os Jogos Olímpicos de 2024 ou as eleições na Alemanha.

No caso deste ato eleitoral, um relatório da organização francesa de combate à desinformação Viginum destaca pelo menos "20 operações cujo objetivo era denegrir um candidato nas eleições nacionais, apoiar candidatos e partidos favoráveis aos interesses do governo russo e ao seu posicionamento 'antissistema' ou questionar as condições e a integridade do voto".

A rede de usa "uma ampla gama de conteúdo para transmitir suas narrativas, incluindo montagens de fotos e vídeos, notícias falsas, vídeos e áudios muito provavelmente gerados usando ferramentas de inteligência artificial generativa e vídeos provavelmente envolvendo atores amadores. Este conteúdo inclui textos e vozes em francês, inglês, ucraniano, alemão, espanhol e árabe", explica a Viginum.

 

Paulo Resendes