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OMS alerta para riscos do uso de Inteligência Artificial na área da saúde

epa10511142 An illustration picture shows the introduction page of ChatGPT, an interactive AI chatbot model trained and developed by OpenAI, on its website in Beijing, China, 09 March 2023. According to the White Paper on the Development of Artificial Intelligence Industry released by Beijing economy and information technology bureau on 13 February 2023, the capital city will support leading enterprises in developing artificial intelligence (AI) models that can challenge ChatGPT.  EPA/WU HAO

Genebra, 17 mai 2023 (Lusa) -- A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou esta terça-feira para o uso de Inteligência Arificial (IA) na área da saúde, que pode gerar orientações incorretas, violação de dados pessoais ou disseminar desinformação, exigindo uma maior fiscalização dos governos.

A agência da ONU pede "cautela" com o uso de plataformas como o ChatGPT, Bard ou Bert "que imitam a compreensão, o processamento e a produção da comunicação humana".

Segundo a OMS, as chamadas ferramentas de modelos de linguagem (LLM, large language models), geradas por IA, podem "representar riscos para o bem-estar humano e para a saúde pública".

Os especialistas da OMS consideram que a rápida e ampla difusão das LLM e o crescente uso experimental para fins relacionados com a saúde não está a ser acompanhado por mecanismos de controlo, destaca uma publicação no portal ONU News.

Entre os mecanismos de controlo referidos estão a adesão das plataformas de inteligência artificial a valores como transparência, inclusão, supervisão especializada ou avaliação rigorosa.

"A OMS reconhece que o uso apropriado de tecnologias, incluindo LLM, pode contribuir para apoiar profissionais de saúde, pacientes, pesquisadores e cientistas", destaca ainda.

As novas plataformas podem ser "uma ferramenta de apoio às decisões médicas e aumentar a capacidade de diagnóstico em ambientes com poucos recursos", mas o foco "deve estar em proteger a saúde das pessoas e reduzir a desigualdade", acrescenta.

Apesar dos benefícios, esta agência destaca os "riscos associados" ao uso destas ferramentas para melhorar o acesso a informações de saúde, defendendo que "precisam de ser avaliados cuidadosamente".

"A adoção precipitada de sistemas não testados pode levar a erros por parte dos profissionais de saúde, causar danos aos pacientes e minar a confiança na Inteligência Artificial e em tecnologias futuras", alerta.

Os dados utilizados para treinar a inteligência artificial podem ser tendenciosos, gerando informações falsas ou imprecisas que podem representar riscos à saúde, à equidade e à inclusão, aponta também.

Para enfrentar essas situações, a OMS propõe que as autoridades de cada país analisem os benefícios da Inteligência Artificial para fins de saúde antes de generalizar o seu uso.

Nesse sentido, a organização identificou seis princípios fundamentais que devem reger: a proteção da autonomia dos profissionais, a promoção do bem-estar humano, as garantias de transparência, a promoção da responsabilidade, a inclusão e a promoção da Inteligência Artificial.

DMC // RBF

Lusa/Fim