A apresentar resultados para:
Ordem
Mais Recentes
Mais Recentes Mais Antigas
Data
Tudo
Na Última Hora Últimas 24 Horas Últimos 7 Dias Último Mês Último Ano Tudo Datas específicas

Parlamento Europeu aperta regras para tornar propaganda política mais transparente

epa11183222 A Logo of European Parliament before a debate on ‚Resumption of session and order of business' at the European Parliament in Strasbourg, France, 26 February 2024. The European Parliament's session runs from 26 until 29 February 2024.  EPA/RONALD WITTEK

Estrasburgo, 27 fev 2024 (Lusa) - O Parlamento Europeu (PE) aprovou hoje a alteração das regras de transparência para a propaganda política, que tem de ser "claramente identificada" e os cidadãos tem de poder ver quem está a pagá-la e quanto custa.

Os eurodeputados aprovaram, em sessão plenária em Estrasburgo (França), as alterações à propaganda política com 470 votos favoráveis, 50 contra e 105 abstenções, para fazer com que as campanhas eleitorais e de referendos sejam "mais transparentes e resistentes a interferências".

O texto aprovado vai obrigar os partidos políticos e intermediários que constroem a propaganda como serviço, para que esteja "claramente identificada".

"Os cidadãos, as autoridades e os jornalistas poderão facilmente obter informações sobre se estão a ser visados por um prestador de serviços de publicidade, os motivos pelos quais lhes é apresentado o anúncio, quem o paga, quanto está a ser pago e a que eleições ou referendo está associado", acrescentaram os eurodeputados na informação divulgada.

Os eurodeputados também querem proibir o financiamento de propaganda política de intervenientes exteriores à União Europeia, para "limitar a interferência estrangeira".

Em declarações à Lusa, a eurodeputada socialista Maria Manuel Leitão Marques sustentou que hoje, "através da inteligência artificial, é possível criar propaganda falsa quase indistinguível" da verdade, por exemplo, "as deep fakes" e outros conteúdos que permitem "ajustar a desinformação a quem a vai ouvir e ler".

Com o regulamento hoje aprovado, a "utilização dos dados de pessoas só será permitida se o titular der autorização", referiu a eurodeputada, que reconheceu a importância de impedir o financiamento de propaganda por parte de entidades estrangeiras (estatais ou privadas) "três meses antes de eleições" -- lembrando os esforços do Kremlin para disseminar desinformação em 2016, por ocasião do referendo sobre a permanência do Reino Unido no bloco comunitário.

Também vai ser lançado um repositório de propaganda política que servirá que a Comissão Europeia, jornalistas e intervenientes políticos tenham acesso a tudo o que é feito com este intuito.

AFE //APN

Lusa/Fim