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Parlamento Europeu defende responsabilização das plataformas sociais

epa11844067 Polish Prime Minister Donald Tusk speaks during a debate on 'Presentation of the programme of activities of the Polish Presidency' at the European Parliament in Strasbourg, France, 22 January 2025. The EU Parliament's session runs from 20 till 23 January 2025.  EPA/RONALD WITTEK

Estrasburgo, França, 11 fev 2025 (Lusa) - A responsabilização das plataformas digitais pelos conteúdos partilhados foi um dos temas que dominou a mesa redonda sobre os desafios das redes sociais e a interferência estrangeira, que decorreu hoje no Parlamento Europeu.

"As plataformas, os media digitais precisam de ser responsabilizados pelo efeito dos algoritmos", defendeu a vice-presidente do parlamento Christel Schaldemose, acrescentando que "é necessário garantir que a Comissão da União Europeia tenha meios e a quantidade de recursos suficiente para entender os algoritmos".

Para a vice-presidente "se as regras da DSA [Lei dos Serviços Digitais] não são suficientes para proteger a democracia, então será preciso estar aberto para lidar com o problema de forma diferente", referiu.

"O objetivo da DSA não é a remoção excessiva de conteúdos, de forma a inutilizar as plataformas, mas mitigar o risco", disse Schaldemose.

O coordenador da Comissão Especial sobre o Escudo Europeu da Democracia Mika Aaltola diz que "atualmente a democracia e a sua infraestrutura vital está sob ataque", salientando ser necessário "prestar atenção aos atores que estão a mediar as eleições", recordando o caso da Roménia, onde as eleições foram anuladas pelo Tribunal Constitucional por alegada interferência estrangeira através do TikTok.

De acordo com o coordenador, "as plataformas abrem oportunidades para os atores estrangeiros hostis", pelo que para Aaltola é fundamental legislar a matéria.

A Diretora de Comunicação e Força Estratégica do Serviço de Ação Externa Europeia, Diana Riba I Giner, disse também que "a informação falsa começou a surgir nas redes sociais aquando da invasão da Crimeia", em 2014.

A responsável adiantou ainda que "não houve nenhum fator de perturbação importante durante as eleições europeias", dizendo que, em caso de ataque, haveria capacidade de reposta.

Riba I Giner diz também que "não é uma questão de desinformação, mas um ataque aos valores europeus", pelo que atualmente a UE [União Europeia] está a enfrentar uma "ameaça à segurança".

"A partir do FIMI [ameaça de manipulação e interferência de informações estrangeiras] percebe-se que a criação de 'bots' em plataformas digitais que não são genuínos, mas que replicam o mesmo tipo de narrativa", disse Diana Riba I Giner.

 

Paulo Resendes