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Parlamento Europeu quer ver garantida independência e pluralidade dos media na UE

epa10180982 The European Parliament during a debate on the consequences of the drought and fires in Strasbourg, France, 13 September 2022. European Commission President Ursula von der Leyen will deliver the 2022 State of the Union on 14 September.  EPA/CHRISTOPHE PETIT TESSON

Estrasburgo, França, 03 out 2023 (Lusa) – O Parlamento Europeu (PE) quer que os Estados-membros garantam a pluralidade e independência dos media, numa posição sobre a Lei Europeia da Liberdade de Imprensa, hoje aprovada por 448 votos a favor, 102 contra e 75 abstenções.
Os eurodeputados defendem, na posição hoje adotada, a proibição de todas as formas de interferência nas decisões editoriais dos meios de comunicação social e querem ainda impedir que sejam exercidas pressões externas sobre os jornalistas, tais como forçá-los a revelar as suas fontes, aceder a conteúdos encriptados nos seus dispositivos ou utilizá-los como alvo de ‘software’ espião.
A utilização de ‘software’ espião só se justifica, defende o PE, como medida de "último recurso", avaliada caso a caso, e se for ordenada por uma autoridade judicial independente para investigar um crime grave, como o terrorismo ou o tráfico de seres humanos.
Em defesa de uma maior transparência, o PE quer que todos os meios de comunicação social, incluindo as microempresas, publiquem informações sobre a sua estrutura de propriedade e ainda sobre os fundos que recebem de publicidade estatal e o apoio financeiro do Estado, inclui verbas de países terceiros.
No que se refere ao serviço público, o hemiciclo europeu argumenta que os Estados-membros “têm de assegurar que os meios de comunicação social públicos dispõem de financiamento adequado, sustentável e previsível, atribuído através de orçamentos plurianuais”.
Os eurodeputados querem ainda que os critérios para a atribuição de fundos públicos aos meios de comunicação social sejam disponibilizados ao público.
Por outro lado, o Comité Europeu dos Serviços de Comunicação Social, um novo organismo da UE a criar através do Regulamento Liberdade dos Meios de Comunicação Social, deverá ser jurídica e funcionalmente independente da Comissão Europeia e capaz de agir de forma independente da mesma, propondo ainda a criação de um “grupo de peritos” independente, que represente o setor dos meios de comunicação social e a sociedade civil, para aconselhar este novo comité.
Com a aprovação, hoje, da sua posição, o PE pode iniciar conversações com o Conselho da UE para definir a forma final da legislação.

IG // EA
Lusa/fim