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Parlamento Europeu reúne-se para discutir vacinação e riscos da desinformação

epa07605210 An European flag hangs outside The Greens' party headquarters in Berlin, Germany, 27 May 2019. The Greens experienced a raise up to 20 percent of the votes in the European elections in Germany. The European Parliament election was held by member countries of the European Union (EU) from 23 to 26 May 2019.  EPA/FELIPE TRUEBA

Bruxelas, 06 fev 2021 (Lusa) -- O Parlamento Europeu (PE) reúne-se esta semana em formato semi-virtual para debater a estratégia de vacinação da União Europeia (UE) e votar o Mecanismo de Recuperação e Resiliência, que constitui o cerne do Fundo de Recuperação da UE.

Como evitar os perigos para as democracias da desinformação é outros dos temas que vão estar em foco também nesta sessão.

Numa altura em que a Comissão Europeia, e em particular a sua presidente, tem sido criticada pela gestão dos contratos e pelo processo de vacinação na UE, Ursula von der Leyen irá debater com os eurodeputados a "estratégia de vacinação" europeia, devendo o hemiciclo manifestar as suas "preocupações sobre os atrasos nas entregas de vacinas, os contratos e a transparência dos dados", segundo a agenda parlamentar.

Durante a discussão -- que irá ocorrer na quarta-feira às 09:00 de Bruxelas (08:00 de Lisboa) -- a secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Ana Paula Zacarias, irá também tomar a palavra enquanto representante da presidência portuguesa do Conselho da UE.

A responsável portuguesa participará também num debate, na terça-feira de manhã, sobre a proibição do aborto na Polónia, após a entrada em vigor de uma lei, a 27 de janeiro, que interdita a interrupção de gravidez em casos de malformação do feto, sendo o aborto agora permitido naquele país apenas em caso de violação, incesto, ou quando a vida da mãe está em perigo.

Outro dos momentos fortes da sessão plenária é a votação, na quarta-feira, do Mecanismo de Recuperação e Resiliência, composto por 672,5 mil milhões de euros, e que constitui o cerne do Fundo de Recuperação da UE de 750 mil milhões de euros, aprovado em julho de 2020 pelos líderes dos 27 para responder à crise económica originada pela pandemia de covid-19.

Após o Conselho da UE e os negociadores do PE terem chegado a acordo sobre o mecanismo em dezembro, cabe agora ao conjunto do hemiciclo aprovar a sua adoção formal.

No mesmo dia, Ana Paula Zacarias volta a dirigir-se aos eurodeputados para abordar o "equilíbrio entre escrutínio democrático e direitos fundamentais nas redes sociais", num debate em que os eurodeputados deverão "discutir como evitar os perigos criados pela digitalização da política e destacar a necessidade de defender a democracia face à desinformação".

Já na segunda-feira, a assembleia irá debater com a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, a "mitigação dos efeitos económicos da pandemia", votando no dia seguinte uma resolução que "expõe o papel e as prioridades que o BCE deve tomar no reiniciar da economia da zona euro".

No âmbito das relações externas, o Alto Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, irá discutir com os eurodeputados na terça-feira o "tumulto político" na Rússia, incluindo a detenção do opositor russo Alexei Navalny e as manifestações em seu apoio "em todo o país", após a sua deslocação a Moscovo, que termina hoje e que incluiu reuniões com a sociedade civil e com o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov.

 

Tiago Almeida