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PCP/Congresso: Paulo Raimundo aponta ofensiva anticomunista e desinformação à escala global (C/ÁUDIO e C/VÌDEO))

 


 


*** Serviços áudio e vídeo disponíveis em www.lusa.pt ***


 


Almada, 13 dez 2024 (Lusa) -- O secretário-geral do PCP considerou hoje que está em curso uma ofensiva anticomunista e uma campanha de desinformação à escala global, e atacou a NATO, a União Europeia e o "genocídio" de Israel contra o povo palestiniano.


"Intensificam-se à escala global os mecanismos de condicionamento e controlo ideológico ancorados em gigantescos grupos económicos que controlam os meios de comunicação e as redes digitais e procuram impor o pensamento único e iludir a natureza do capitalismo", declarou Paulo Raimundo no discurso de abertura do XXII Congresso Nacional do PCP, em Almada.


Nessa ofensiva anticomunista, segundo o líder comunista, pretende-se "legitimar a escalada do militarismo, as sanções, os bombardeamentos, as ingerências, os golpes e calar quem luta pela paz".


"Querem reescrever a história, incluindo a história da revolução portuguesa, querem promover o anticomunismo, o racismo, o ódio e conceções reacionárias e fascizantes, a quem dão cada vez mais espaço e projeção. Estes são tempos de desinformação, de notícias falsas e mentiras, de manipulação e censura promovidas à escala global. Ignorar esta ofensiva, seria não apenas ingénuo, mas perigoso para a luta que travamos", advertiu.


Na sua análise à atual conjuntura mundial, Paulo Raimundo referiu-se por uma vez à guerra na Ucrânia.


"Os últimos anos são reveladores da violenta ofensiva do imperialismo, com a sua escalada de confrontação e guerra, como vemos no Médio Oriente, na Palestina, no Líbano e na Síria, na Europa, nomeadamente na Ucrânia, na Ásia-Pacífico e noutras partes do mundo. Um caminho de fomento do militarismo, de crescentes ameaças à paz, com o perigo de um conflito mundial que, a não ser travado, poderá assumir catastróficas proporções", disse.


E foi neste contexto que introduziu as suas duras críticas à Aliança Atlântica e aos Estados Unidos, sustentando que a "expressão concreta" da escalada é em si mesmo a NATO, "com a sua ação belicista, o seu sucessivo alargamento, a sua intervenção de âmbito global".


"Representando hoje mais de metade das despesas militares no plano mundial, a NATO é o braço armado do imperialismo e o seu mais perigoso instrumento na ofensiva em curso. Uma ofensiva que é liderada pelo imperialismo norte-americano e cujo objetivo de imposição da supremacia dos interesses dos Estados Unidos não se alterará com a nova administração Trump", afirmou -- uma referência à sua ideia de continuidade na administração de Washington.


A seguir, Paulo Raimundo associou a União Europeia à NATO, advogando que é "cada vez mais evidente o seu caminho militarista". Em contraponto, destacou a China e outros países de economias emergentes: "Um processo de rearrumação de forças em que a China assume um papel destacado e onde participam outros países em desenvolvimento com um crescente peso económico e político, que procuram convergir, num quadro muito heterogéneo, na resistência ao domínio do imperialismo".


Paulo Raimundo levantou os cerca de mil delegados ao congresso quando se referiu à Palestina, frisando que o seu povo não está sozinho. Gritou-se então "Palestina vencerá".


Palavras de solidariedade foram também transmitidas pelo secretário-geral do PCP para Cuba, "Venezuela bolivariana" e Sara Ocidental.


"Ao contrário do que alguns gostariam, a História não acabou e o capitalismo não é o fim da História", acrescentou.


 


PMF // ACL


 


Lusa/Fim