PM de Cabo Verde quer país com categoria “bom” no ranking da liberdade de imprensa
Praia, 15 out (Lusa) -- O primeiro-ministro de Cabo Verde disse hoje pretender que o país atinja, até 2016, a categoria ´bom` do ranking do índice da liberdade de imprensa.
Ulisses Correia e Silva falava na sessão de abertura da conferência internacional "Desenvolver a promessa democrática: reforçar a formação mediática e o combate à desinformação em Cabo Verde", que se realiza na cidade da Praia.
O evento é uma iniciativa do Governo cabo-verdiano, em parceria com a Associação Sindical dos Jornalistas de Cabo Verde (AJOC) e o National Democratic Institute.
Para o chefe do Governo, "a comunicação social é um setor primordial no esforço de qualificação da democracia" que se concretiza "através da valorização e do reforço da liberdade de imprensa, da independência, objetividade e pluralismo dos conteúdos".
Até 2016, "Cabo Verde pretende atingir a categoria ´bom` do ranking do índice da liberdade de imprensa, o que passa pela criação de condições para a melhoria significativa dos indicadores pluralismo, independência, autocensura, legislação, transparência, infraestruturas e abuso e violência que compõem o índice", disse.
Segundo Ulisses Correia e Silva, a meta é "um desafio não apenas para o posicionamento nos rankings, mas fundamentalmente para a melhoria global do desempenho da comunicação social em Cabo verde".
O governante recordou que o panorama da comunicação social "mudou drasticamente nas últimas décadas. `Fake news´ e desinformação ganham força. São especialmente problemáticas nos sistemas democráticos".
"O desafio que a desinformação representa para a democracia requer uma resposta multidimensional, envolvendo governo, instituições públicas, sociedade civil e setor privado", afirmou, acrescentando: "Combatê-la requer uma ampla gama de soluções a longo prazo que exigem a expansão da alfabetização mediática, pensamento crítico e educação cívica".
E concluiu: "Capacitar os cidadãos com ferramentas para consumir notícias criticamente, fomentar a confiança nos ideais da democracia e da liberdade e incentivar a cidadania ativa são desafios colocados sobre as nossas mesas de trabalho".
Em abril, um relatório dos Repórteres Sem Fronteiras indicava que Cabo Verde desceu dois lugares no Índice da Liberdade de Imprensa desta organização não-governamental.
Em 180 países, Cabo Verde caiu da posição 27 para a 29 no índice de 2018, depois de no relatório do ano anterior ter subido quatro posições, com uma pontuação global de 18.02 (+2.37 do que em 2017).
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