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Portugal integra rede europeia de peritos para combate à desinformação

epa11422290 French President Emmanuel Macron (L) welcomes Portuguese Prime Minister Luis Montenegro before a working lunch at the Elysee Palace in Paris, France, 19 June 2024. According to the Elysee Palace press release, the two leaders' meeting focused on the strategic agenda of the European Union ahead of the European Council on 27 and 28 June, as well as international issues, such as the situation in Ukraine and the Middle East.  EPA/MOHAMMED BADRA

Lisboa, 19 jul 2024 (Lusa) – Portugal integra a rede europeia de peritos para combater a desinformação e os ciberataques, que conta já com 30 países voluntários, membros da Comunidade Política Europeia (CPE), disse hoje à Lusa fonte do gabinete do primeiro-ministro.

A rede foi anunciada na quinta-feira pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, que copresidiu no âmbito da cimeira da Comunidade Política Europeia (CPE) a um grupo de trabalho sobre esta questão com a Moldova.

Macron fez o anúncio em conferência de imprensa, no final do evento que decorreu no Palácio de Blenheim, a noroeste de Londres.

O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, previa participar da reunião da CPE, mas cancelou a sua presença por motivos de saúde, tendo hoje estendido o período em que estará sem agenda até domingo, pelos mesmos motivos, que não apresentam gravidade, mas obrigam a repouso.

A rede, para a qual já se voluntariaram 30 países membros do CPE, entre os quais Portugal, vai coordenar especialistas “para definir normas e protocolos comuns para identificar a manipulação de informação e os ciberataques”.

Macron sublinhou na quinta-feira que os países europeus poderão “beneficiar das melhores práticas e promover a transparência dos algoritmos das redes sociais que podem contribuir para esta manipulação de informação”.

A rede iria além dos mecanismos já existentes na União Europeia (UE) para incluir também estados que não pertencem ao bloco comunitário, especialmente alguns dos mais expostos à desinformação russa, como a Moldova.

Também o chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez, exortou os líderes europeus a não se resignarem às ameaças contra a democracia, como a desinformação e os boatos, e a serem ativos na defesa dos seus valores e instituições.

Sánchez, segundo fontes da delegação espanhola à agência de notícias Efe, alertou para as ameaças que as democracias sofrem além de guerras como a da Ucrânia, e neste âmbito colocou as atitudes e estratégias que promovem a desinformação e os boatos.

O político espanhol referiu ainda que as democracias não podem permanecer impassíveis, e os seus líderes, que sublinhou terem sido eleitos democraticamente, têm de enfrentá-las para proteger os seus valores e instituições.

As condições para um debate político saudável e aberto, bem como a liberdade de expressão, devem ser ativamente garantidas em todos os momentos, sublinhou.

A Comunidade Política Europeia é um fórum intergovernamental para discussões políticas e estratégicas sobre o futuro da Europa, criado em 2022, na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia.

Ana Clotilde Correia