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PPE quer debate urgente no Parlamento Europeu após deteção de rede de propaganda russa

epa11203933 European Parliament President Roberta Metsola delivers her speech during the second plenary session of the European People's Party Congress in Bucharest, Romania, 07 March 2024. The European People's Party (EPP) party holds its Congress in Romania's capital on 06 and 07 March, to choose their candidates for the EU Parliament elections, and as well their nominees for the EU leadership. European Union parliamentary elections will take place from 06 until 09 June 2024.  EPA/ROBERT GHEMENT

Bruxelas, 30 mar 2024 (Lusa) - O Partido Popular Europeu (PPE) apelou hoje a um debate urgente no Parlamento Europeu, depois de a instituição ter anunciado na sexta-feira estar a analisar a denúncia de que eurodeputados estão a ser pagos para difundir propaganda pró-russa e influenciar as eleições europeias.

"Na sequência das revelações sobre a interferência russa na Europa, o grupo PPE apela a uma sessão plenária urgente no Parlamento Europeu", afirmou em comunicado o partido com mais assentos no Parlamento Europeu e o que atualmente ocupa a presidência da instituição, liderada por Roberta Metsola.

O PPE destacou a sua "firme oposição à desinformação e propaganda" que é lançada pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, que "representa um perigo para a democracia e que deve ser denunciado a todos os níveis".

Na sexta-feira, um porta-voz de Metsola disse que a presidente do Parlamento Europeu está ciente das acusações, "estando a analisá-las".

Isto acontece depois de, na quarta-feira, o primeiro-ministro da República Checa, Petr Fiala, ter anunciado que os serviços secretos checos desmascararam uma rede financiada por Moscovo que estava a difundir propaganda pró-russa sobre a Ucrânia e estendia a sua influência até ao Parlamento Europeu.

O portal de notícias Voice of Europe, com sede em Praga (capital da República Checa), estava a ser usado para espalhar informação destinada a dissuadir a União Europeia (UE) de ajudar a Ucrânia na sua luta contra a invasão russa iniciada em fevereiro de 2022.

Segundo Fiala, a rede pró-russa agora desmascarada pelos serviços secretos checos (BIS) desenvolvia atividade que "poderia ter um efeito significativo na segurança da República Checa e da UE".

Segundo o jornal Denik N, os políticos europeus que cooperam com o 'site' de informação Voice of Europe, que divulgou apelos de alguns deles para deixarem de ajudar a Ucrânia, foram pagos com dinheiro russo, que também financiou campanhas para as próximas eleições europeias.

Os pagamentos envolvem políticos de países como Bélgica, França, Alemanha, Hungria, Países Baixos e Polónia, de acordo com o jornal, que cita uma fonte diplomática checa. Essa fonte sublinhou ainda o envolvimento do partido de extrema-direita alemão Alternativa para a Alemanha (AfD).

O serviço de imprensa do Parlamento Europeu explicou que a instituição está a averiguar as acusações relativas ao site Voz da Europa, em torno do qual esta rede de influência pró-russa foi supostamente desenvolvida.

Acrescentou ainda que poderá restringir o acesso destes meios de comunicação social aos meios de imprensa do Parlamento Europeu.

O pedido do Partido Popular Europeu para uma sessão plenária urgente para debater este assunto soma-se às reações dos grupos dos Verdes e Liberais.

Os dois principais candidatos dos Verdes às eleições europeias, Terry Reintke e Bas Eickhout, apelaram a uma investigação "rápida e exaustiva" que revele a escala da operação de influência pró-russa e permita ações contra os eurodeputados envolvidos.

Já o grupo liberal do Renew Europe exigiu que o Parlamento Europeu debatesse o assunto na próxima sessão plenária, nos dias 10 e 11 de abril, em Bruxelas (Bélgica).

SVF (ANC) // MAG

Lusa/Fim