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Procura de receitas próprias tem de ser caminho a percorrer pela Lusa – presidente (ATUALIZADA)

Lisboa, 22 mar (Lusa) - O presidente do Conselho de Administração da Lusa, Nicolau Santos, que entrou hoje em funções, afirmou que "a procura de receitas próprias tem de ser um caminho a percorrer pela empresa, que lhe permita fazer mais e melhor".


Numa mensagem enviada aos trabalhadores, Nicolau Santos salienta que "é conhecido o espartilho financeiro que pesa sobre o país, sobre a administração pública e sobre as empresas públicas", considerando que "é excelente que a Lusa tenha um contrato-programa até 2019, mas isso apenas significa estabilidade e não largueza de recursos para a agência cumprir os seus objetivos".


Por isso, "a procura de receitas próprias tem de ser um caminho a percorrer pela empresa, que lhe permita fazer mais e melhor".


Nicolau Santos sublinha que o atual Conselho de Administração, que entrou em funções hoje, "compromete-se a cumprir integralmente o contrato-programa com o Estado, quer no que toca aos objetivos exigidos, quer no que respeita ao envelope financeiro anual", mas "tentará encontrar receitas adicionais que permitam aumentar o orçamento da agência".


O presidente da agência de notícias sublinha que "há consciência clara" de vque a rede nacional de delegados e correspondentes da Lusa "perdeu coesão" e que o mesmo acontece com a rede internacional, sendo que "é por aqui que passam objetivos prioritários" da Lusa.


"Há, pois, que corrigir o mais depressa possível esta debilidade", sublinha, acrescentando que "também a redação se foi depauperando pela saída de profissionais pelas mais diversas razões nos últimos sete anos".


Aponta que "só o enorme brio" que os trabalhadores da Lusa "demonstram todos os dias" permite que a agência de notícias "cumpra quase sempre com distinção as missões que lhe estão confiadas, entre as quais a defesa da língua portuguesa no mundo e os interesses estratégicos do Estado português"


Nicolau Santos reconhece que, devido às regras impostas, os trabalhadores da Lusa têm os seus salários congelados há vários anos e a administração e direção de informação "estão limitadíssimas na sua vontade de premiar os melhores dentre eles, os que mais se destacam, os mais dedicados".


Como "não há empresas felizes com trabalhadores infelizes", a administração "compromete-se a recorrer a toda a imaginação para tentar encontrar as formas em que possa premiar os jornalistas e os trabalhadores que o mereçam", prossegue.


"Quando 80% dos recursos recebidos do Estado pela Lusa são para pagar salários é luminosamente claro onde é necessário atuar para melhorar o desempenho da empresa", refere, adiantando que tal será feito "cumprindo exemplarmente o contrato-programa assinado com o Estado".


Nicolau Santos salienta que "um quadro financeiro estável é essencial para que a agência se possa centrar no essencial: servir cada vez melhor os seus clientes em todo o mundo, em particular em Portugal e nos países de língua oficial portuguesa, bem como as comunidades nacionais. E servi-los de forma fiável, rápida, plural e pelas mais diversas plataformas".


Defendendo o jornalismo de qualidade contra as 'fake news' [notícias falsas], o 'infotainment' ou o suposto jornalismo dos cidadãos, entre as formas de manipulação e desinformação, Nicolau Santos salienta que é o jornalismo de qualidade "que os profissionais da agência Lusa produzem desde a sua fundação".


A Lusa tem o Estado como acionista maioritário, mas conta também com acionistas privados, "cujos interesses têm de ser respeitados e tidos em conta", refere, salientando que se procurará "igualmente satisfazer cada vez melhor" os clientes no território nacional ou em qualquer outro ponto do mundo "da forma mais fidedigna, plural, isenta e rápida que for possível".


"Temos de ter a consciência de que cada vez mais os clientes da agência Lusa têm interesses não sobreponíveis. Por isso, conseguir definir a informação específica que interessa a cada cliente é essencial, quer para a satisfação dos utilizadores do serviço da agência, quer como forma de potenciar as receitas próprias da Lusa", continua.


Nicolau Santos agradece ainda à "presidente cessante" da Lusa, Teresa Marques, "a forma exemplar como passou a liderança da empresa", como também a "todos os profissionais" da Lusa, em particular aos jornalistas, e sublinha que encontrou "uma enorme equipa de diretores administrativos altamente qualificados e motivados", com os quais conta para "superar as dificuldades" que surgirem.


O novo Conselho de Administração foi nomeado na assembleia-geral que decorreu na quarta-feira.


Além de Nicolau Santos, integram a administração com cargos não executivos Maria João Araújo, Gustavo Cardoso, Paulo Saldanha e Denise Mendes da Costa.




ALU // CSJ


Lusa/Fim