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Putin disposto a dar asilo político a James Comey

Moscovo, 15 jun (Lusa) -- O presidente russo, Vladimir Putin, disse hoje que está disposto a conceder asilo político ao ex-diretor do FBI James Comey, caso este seja perseguido pela justiça norte-americana.


Putin comparou a situação de Comey, que gravou uma conversa com o presidente Donald Trump, com a do especialista informático Edward Snowden, a quem a Rússia concedeu asilo em 2013, depois de este ter revelado sistemas de vigilância dos serviços secretos dos Estados Unidos.


"O que o diferencia de Snowden?", questionou Putin, acrescentando que considera "muito estranho que um chefe dos serviços secretos grave uma conversa com o chefe de Estado sobre uma suposta ingerência russa nas eleições e que a passe para os meios de comunicação social através de um amigo".


O chefe do Kremlin, que respondia a perguntas dos cidadãos na sua "linha Direta", voltou a recusar as acusações de ingerência russa no processo das eleições presidenciais dos Estados Unidos e assegurou que Comey não apresentou provas das declarações recentes que fez perante o Comité de Inteligência do Senado.


"Disse que nós influenciámos as mentes dos norte-americanos para que votassem de determinada forma", disse Putin, comentando que "isso acontece em todo o mundo com a propaganda dos Estados Unidos".


"Se pegar num mapa do mundo, em qualquer ponto do planeta podemos ver a influência dos Estados Unidos", frisou.


Para apoiar a sua negação de que tenha havido influência russa, Putin disse ainda que é "muito estranho" que o chefe do FBI tenha gravado conversas com o presidente norte-americano, para depois as fornecer à imprensa.


"O que diferencia então Comey de Snowden?", questionou. Se é verdade que gravou as conversas e as entregou aos meios de comunicação social, "então não era um chefe dos serviços secretos, era um defensor dos direitos humanos que defende uma determinada posição", frisou.


"Por isso, a Rússia está disposta a dar-lhe asilo político caso venha a ser perseguido. E ele deve ser informado disto", concluiu.



CP // MAG


Lusa/fim