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Republicanos e democratas querem ouvir presidentes da Facebook Google e Twitter

Redação, 20 mar (Lusa) -- Senadores dos EUA, dos partidos democrata e republicano, querem ouvir o presidente da Facebook, Mark Zuckerberg, "o mais depressa possível", à semelhança dos seus pares dos parlamentos europeu e britânico.


Em carta conjunta, a senadora democrata Amy Klobuchar, eleita pelo Estado do Minnesota, e o senador republicano John Kennedy, do Estado do Luisiana, solicitaram ao presidente da comissão de Justiça do Senado, o republicano Chuck Grassley, do Estado do Iowa, que convoque Zuckerberg e os homólogos da Google e Twitter para uma audição.


Este pedido decorre de informações reveladas pelos diários norte-americano The New York Times e britânico The Guardian sobre a apropriação indevida com fins políticos de informação pessoal de 50 milhões de utilizadores da rede social Facebook.


O Guardian especificou que em causa está a empresa Cambridge Analytica, que trabalhou designadamente com a campanha eleitoral de Donald Trump e a da saída do Reino Unido da União Europeia, que usou a informação recolhida para construir um "poderoso programa informático para prever e influenciar as escolhas dos eleitores".


Outro senador, o democrata Richard Blumenthal, do Estado do Connecticut, também já se pronunciou, dizendo, citado pela revista Time, no seu sítio na internet: "A desordem na Facebook -- por entre uma aparente redução da equipa de segurança -- torna a necessidade de uma transparência total, em testemunho público no Congresso, mais urgente do que nunca".


A presença de Zuckerberg já tinha sido requerida na segunda-feira pela senadora Klobuchar.


Ao fim do dia de sexta-feira, a Facebook anunciou que tinha banido a Cambridge Analytica e respetiva holding da sua plataforma.


Adiantou que a Cambridge obteve informação de 270 mil pessoas que descarregaram uma alegada aplicação (app) descrita como um teste de personalidade. Um antigo funcionário da Cambridge revelou que esta foi capaz de obter informação de dezenas de milhões de outros utilizadores que eram amigos dos que descarregaram a app.


A Facebook soube da brecha na segurança há mais de dois anos, mas não a revelou. A empresa também informou recentemente que tinha recebido um relatório segundo o qual a Cambridge Analytica não apagou toda a informação que tinha obtido da Facebook, algo que a Facebook adiantou que a empresa garantiu que tinha feito.



RN // ARA


Lusa/Fim