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Suécia pode reabrir processo contra Assange até 2020 — Procuradora

Estocolmo, 19 mai (Lusa) -- O processo contra Julian Assange foi arquivado por não haver perspetivas de que o australiano fosse entregue à justiça em breve, mas pode ser reaberto até à prescrição do delito, em 2020, explicou hoje a procuradoria sueca.


A justiça da Suécia anunciou hoje que abandona o processo por violação contra o fundador do WikiLeaks, encerrando uma saga judicial que durava desde 2010.


Numa conferência de imprensa em Estocolmo, a procuradora Marianne Ny recusou pronunciar-se sobre a culpa ou inocência de Assange e sublinhou que a decisão de arquivamento não corresponde a qualquer decisão nesse aspeto.


A procuradora explicou que o arquivamento se deve à falta de qualquer perspetiva de vir a conseguir a extradição do fundador da Wikileaks, pelo que foi igualmente decidido revogar o mandado de detenção europeu de que é alvo.


"A minha avaliação é de que a transferência não pode ser realizada num futuro previsível", disse, lembrando que Assange "tentou esquivar-se de todas as tentativas" das autoridades judiciais suecas e britânicas para detê-lo.


A conferência de imprensa foi antecedida da divulgação de um comunicado dos procuradores encarregados do caso em que se explica que a legislação da Suécia determina que uma investigação criminal seja conduzida com a maior rapidez possível e, no momento que estejam esgotadas todas as possibilidades de a prosseguir, o procurador responsável deve dá-la por concluída.


"Neste ponto, todas as possibilidades de conduzir a investigação estão esgotadas. Para prosseguir com o caso, Julian Assange teria de ser formalmente notificado das suspeitas contra ele. Não podemos esperar ajuda do Equador relativamente a isso. A investigação é por essa razão descontinuada", lê-se no documento.


Julian Assange está refugiado na embaixada do Equador em Londres desde 2012 para escapar ao mandado de detenção europeu emitido pela Suécia.


Argumenta tratar-se de uma manobra para conseguir a sua extradição para os Estados Unidos, onde pode ser processado pela publicação de documentos militares e diplomáticos confidenciais.



MDR (PAL) // FPA


Lusa/Fim