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Técnica ‘prebunking’ para evitar desinformação pode ser eficaz

epa11222896 View of a screen during the Gamescom LAN event in Cologne, Germany, 15 March 2024. Around 1200 game fans will meet in a Cologne exhibition hall for the so-called Gamescom LAN, a new event for a trend that peaked over twenty years ago when not every house had fast internet. The LAN party also features e-sport tournaments with prize money in games such as Counter-Strike, League of Legends and Rocket League. A special feature of the Gamescom LAN is that some stars of the web video scene such as HandOfBlood, Elias Nerlich and HoneyPuu will also be there.The event runs from 15 to 17 March 2024.  EPA/CHRISTOPHER NEUNDORF

Lisboa, 25 fev 2025 (Lusa) - As campanhas de 'prebunking', uma técnica que consiste em preparar o utilizador com informações fiáveis antes de este se deparar com conteúdo falso, podem ajudar a identificar narrativas ou temas enganadores, revela um estudo da Ecorys.

O estudo, realizado a pedido da Google, salienta que o 'prebunking' pode potencialmente produzir impactos em termos de sensibilização das audiências e contribuir para a redução da sua suscetibilidade à desinformação.

"O 'prebunking' pode ser eficaz como uma intervenção a montante que ajuda a equipar as audiências recetivas à mensagem", revela o estudo.

Contudo, esta estratégia também pode alienar o público que tem opiniões diferentes ou não confia na fonte de informação.

Além disso, as campanhas de 'prebunking' podem ser extremamente sensíveis, nomeadamente no que se refere à credibilidade das organizações, aos objetivos da campanha, aos temas, ao enquadramento dos materiais e à orientação do público.

Neste sentido, os autores defendem ser necessário "assegurar uma política ou orientação clara para os cenários em que o 'prebunking' pode existir", acrescentando a necessidade de abordagens distintas, tendo em conta a diversidade de públicos e os riscos existentes.

Em relação a campanhas eleitorais, embora haja mais desinformação, é necessário antecipar este período para dotar as pessoas de ferramentas que as permitam distinguir entre o que é ou não verdade, segundo o estudo.

De acordo com os autores, a colaboração com as entidades locais pode ajudar para aumentar a credibilidade e eficácia do 'prebunking', sobretudo através da avaliação das organizações sobre a desinformação que afeta a sua zona de atuação.

"Esta abordagem é também essencial para garantir a confiança dos utilizadores finais, para os quais as empresas tecnológicas podem ser vistas como parte do problema", refere o estudo.

A Google disponibiliza uma ferramenta de 'prebunking' que pretende 'educar' os utilizadores para identificar notícias falsas através do uso de fontes confiáveis e ferramentas como a verificação de factos.

O estudo pretendeu avaliar as implicações das tecnologias emergentes, incluindo a Inteligência Artificial (IA) generativa, para combater a desinformação e promover a segurança 'online', bem como orientar futuras decisões políticas de algumas plataformas digitais.

Realizado entre setembro de 2023 e julho de 2024, o trabalho incluiu um mapeamento e revisão do panorama político e prático da literacia mediática na Europa.

 

Paulo Resendes