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Telegram junta-se a plano de combate à desinformação eleitoral no Brasil

epa08967948 A photo illustration shows the logo of social media messaging application Telegram on a computer and on a mobile telephone screen, in Paris, France, 27 January 2021. The popular application (app) Whatsapp has faced backlash after announcing on 04 January a change to its privacy policy under which users widely interpreted that personal information would be shared with the app's parent company, Facebook. Although the policy change allegedly was only to affect interactions with business accounts, it prompted millions of users to migrate to rival messaging applications such as Signal and Telegram.  EPA/IAN LANGSDON

São Paulo, Brasil, 24 mar 2022 (Lusa) - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Brasil anunciou na sexta-feira que a plataforma Telegram entrou no acordo já assinado com outras redes sociais para combater a desinformação na campanha para as eleições presidenciais de outubro.

"O objetivo da aliança (com Telegram) é combater os conteúdos falsos relacionados com a justiça eleitoral, o sistema de votação eletrónica, o processo eleitoral nas suas diferentes fases e os atores envolvidos", disse o mais alto tribunal eleitoral do Brasil numa declaração.

Telegram, o popular serviço de mensagens online amplamente utilizado pelo Presidente Jair Bolsonaro, tem estado sob pressão judicial no Brasil há meses.

Twitter, TikTok, Facebook, WhatsApp, Google, Instagram, YouTube e Kwai já tinham aderido em fevereiro ao acordo.

O anúncio do acordo, que visa evitar que as eleições sejam perturbadas por desinformação como em 2018, surge depois de um juiz do Supremo Tribunal ter decidido na semana passada bloquear o Telegram por não responder às suas ordens judiciais.

Essa decisão acabou por não ser posta em prática, uma vez que a aplicação brasileira, que está instalada em 53% dos telemóveis do país, acabou por ceder às exigências do tribunal. Em particular, retirou uma publicação de agosto de 2021 na qual Bolsonaro questionou a fiabilidade do sistema de votação eletrónica do Brasil, em vigor desde 1996.

O telegram é um importante veículo de difusão de informação na campanha de Bolsonaro para a sua reeleição em outubro.

Há meses que a campanha de Bolsonaro tenta reunir os seus apoiantes no Telegram, onde tem mais de um milhão de seguidores e vários grupos de apoio.

Ao contrário de outras aplicações, a aplicação permite a criação de grupos de até 200.000 pessoas, canais de utilizadores ilimitados e muito pouca moderação de conteúdo, o que aumenta o potencial viral da falsa informação.

MIM // JMR

Lusa/Fim