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Tribunal multa Flávio Bolsonaro por difundir vídeo manipulado de Lula

epa10443285 Senator Flavio Bolsonaro, son of former President Jair Bolsonaro, attends the plenary session of the National Congress of Brazil during the inauguration of the new deputies and senators, in Brasilia, Brazil, 01 February 2023. The Brazilian National Congress inaugurates the new legislative year on 01 February with a mostly conservative composition, which came out of the polls last October, in the same process in which Lula defeated the far-right Jair Bolsonaro.  EPA/Andre Borges

Brasília, 09 mai 2023 (Lusa) -- O Tribunal Superior Eleitoral do Brasil condenou o senador e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, Flávio, à multa de 5 mil reais (900 euros) por partilhar na Internet vídeos em que associava o Presidente Lula da Silva ao diabo.

O plenário do Tribunal Superior Eleitoral TSE também puniu com a mesma sanção o autor do vídeo, o vereador do Partido Liberal (PL) Rômulo Quntino, feito durante a campanha eleitoral e no qual, descontextualizando uma frase do então candidato Lula, mostra-o afirmando que está possuído pelo diabo.

Flávio Bolsonaro partilhou o vídeo com uma mensagem que dizia: "Mencione o seu pastor, padre, rabino, nos comentários. Envie este vídeo para o seu líder religioso e pergunte o que ele acha. A guerra também é espiritual", escreveu.

As verdadeiras declarações de Lula aconteceram em agosto de 2021, quando ele participava num evento com coletivos negros em Salvador, no qual denunciou os bolsonaristas por o acusarem de ter feito um pacto com o diabo.

"Nas redes sociais do bolsonarismo estão a dizer que eu tenho relações com o diabo, que estou falando com o diabo e que o diabo me possuiu. É uma campanha maciça, violenta e maligna", disse então Lula da Silva, que venceu as presidenciais de outubro do ano passado, impedindo a reeleição de Bolsonaro.

"A Justiça tem que ser cega, mas estúpida. Não podemos, no TSE, fazer a política do avestruz, fingir que algo não aconteceu", argumentou o presidente deste tribunal, Alexandre de Moraes, em setembro de 2022, quando o caso começou a ser discutido, segundo o jornal O Globo.

Moraes alertou que se tratava "sem dúvida" de uma estratégia típica do modo de agir das 'fake news' e que a intenção era "claramente" eleitoral.

EL // JH

Lusa/Fim