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Trump: Viagem a Marte é projeto de Musk com apoio ofical do novo Presidente

Washington, 20 jan 2025 (Lusa) - O projeto de levar humanos a Marte do diretor executivo da SpaceX, Elon Musk, foi hoje totalmente apoiado pelo novo Presidente norte-americano, que no discurso de tomada de posse prometeu continuar o "destino manifesto" até ao planeta vermelho.


"Prosseguir o nosso destino manifesto até às estrelas, lançando astronautas americanos que plantam as Estrelas e Riscas no planeta Marte", afirmou hoje Donald Trump, levando Musk, que estava a poucos metros de distância, a abrir um sorriso e a levantar os punhos no ar.


 O momento foi mais um exemplo da parceria invulgar que o magnata tecnológico, que tem contratos lucrativos com o governo federal dos Estados Unidos, estabeleceu com Trump.


Durante um comício pouco depois da tomada de posse, Musk repetiu a promessa presidencial de uma "idade de ouro" para o país.


"É graças a vós que o futuro da civilização está assegurado", disse Musk à multidão na Capital One Arena.


Já na sua rede social X (antigo Twitter), Musk qualificou o segundo mandato na Casa Branca do republicano como: "O regresso do rei".


Durante a tomada de posse na sala denominada Rotunda, no interior do Capitólio, no Washington, Musk ocupou um lugar na fila que incluía outros líderes do setor tecnológico como o líder da Google, Sundar Pichai, e da Meta, Mark Zuckerberg. Estes dirigentes estavam sentados atrás da mulher de Trump, Melania, e dos filhos. Musk era o que estava mais próximo de Trump.


 Pouco depois de o filho mais novo de Trump, Barron, ter chegado ao seu lugar na segunda fila, virou-se e apertou a mão a Musk, que estava visível nas imagens televisivas em grande parte do evento.


Registou-se ainda um abraço caloroso de Trump a Musk, o proprietário da Tesla e a pessoa mais rica do mundo, que contribuiu com cerca de 200 milhões de dólares para o super comité de ação política que trabalhou para organizar o apoio a Trump no outono passado.


 A proximidade de tantos milionários à nova administração levou o antigo Presidente Joe Biden a alertar para o surgimento de uma oligarquia americana de bilionários da tecnologia.


Trump já atribuiu a Musk a missão de trabalhar com o antigo candidato presidencial republicano Vivek Ramaswamy no Departamento de Eficiência Governamental.


O mandato deste grupo consultivo, que funciona fora do governo formal, é reduzir a burocracia, os regulamentos e as despesas federais, um objetivo que Musk fixou no ano passado em dois mil milhões de dólares, aproximadamente a dimensão do défice, um valor que já considerou ambicioso.


"Penso que se tentarmos atingir os dois mil milhões de dólares, podemos chegar a 1 (mil milhão)", considerou Musk durante uma sessão de perguntas e respostas no X com o especialista em sondagens Mark Penn.


 Desde a eleição, Musk tem sido um visitante regular da estância de Trump em Palm Beach, na Florida, e tem participado em telefonemas e reuniões com candidatos a cargos no Governo e líderes mundiais.


 Também lhe é atribuída a responsabilidade de ter ajudado a destruir uma proposta bipartidária de financiamento do governo no mês passado, em parte através da publicação de falsas alegações no X, onde tem mais de 200 milhões de seguidores.


A rede social abandonou em grande parte as proteções contra a desinformação e registou um aumento de teorias da conspiração e afirmações falsas desde que foi comprada por Musk.


Durante o seu discurso de hoje, Musk mal conseguiu conter o seu entusiasmo: "Meu, mal posso esperar. Isto vai ser fantástico".


Donald Trump foi hoje empossado como o 47.º Presidente dos Estados Unidos, numa cerimónia no Capitólio em Washington que marca o seu regresso para um segundo mandato na liderança da Casa Branca.


A cerimónia em Washington foi marcada pela presença de políticos internacionais populistas e de extrema-direita, mas com poucos responsáveis governamentais e sem líderes da União Europeia, à exceção da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.


O político republicano foi Presidente entre 2017 e 2021, após perder a reeleição em 2020 para o democrata Joe Biden, a quem sucede agora no cargo.


PL // RBF


Lusa/fim