A apresentar resultados para:
Ordem
Mais Recentes
Mais Recentes Mais Antigas
Data
Tudo
Na Última Hora Últimas 24 Horas Últimos 7 Dias Último Mês Último Ano Tudo Datas específicas

Canadá aplica sanções contra desinformação e propaganda pró-Kremlin

epaselect epa09886129 A picture taken during a visit to Mariupol organized by the Russian military shows militias of self-proclaimed DPR unload bread during a distribution of humanitarian aid to local people in Mariupol, Ukraine, 12 April 2022. Some 133,214 people, including two thousand people over the past day, left Mariupol through the gum corridor in the eastern direction, according to the head of the Russian National Defense Control Center. The main battles in the central part of Mariupol are over, said the representative of the people's militia of the self-proclaimed Donetsk People's Republic (DPR). On 24 February Russian troops had entered Ukrainian territory in what the Russian president declared a 'special military operation', resulting in fighting and destruction in the country, a huge flow of refugees, and multiple sanctions against Russia.  EPA/SERGEI ILNITSKY

Otava, 04 fev 2023 (Lusa) -- O Ministério dos Negócios Estrangeiros canadiano adicionou esta sexta-feira à sua 'lista negra' 38 pessoas e 16 empresas russas acusadas de desinformação e divulgação de propaganda relacionada com o Kremlin, no contexto da invasão russa da Urânica.

Com a mais recente atualização, o governo canadiano já adicionou à 'lista negra' um total de 1.160 pessoas físicas e outras 286 empresas por promoverem a guerra na Ucrânia ou divulgarem a versão oficial do Kremlin, que define a invasão russa como uma "operação militar especial".

A maioria das pessoas sancionadas nesta nova ronda são jornalistas, enquanto entre as empresas visadas estão as agências de notícias Rossiya Segodnya e RIA Novosti, além do portal SouthFront, especializado em informações militares e de segurança.

Da mesma forma, Otava também sancionou a United World International e a Foundation for the Fight Against Repression, "atores da desinformação" ligados ao fundador do Grupo Wagner e aliado do Presidente russo Vladimir Putin, Yevgeni Prigozhin.

"O Canadá está a tomar medidas ativas para combater a desinformação russa como parte dos seus esforços para apoiar a Ucrânia", salientou a diplomacia canadiana.

"Ícones culturais e organizações de 'media' não podem tirar proveito livremente do seu estatuto para promover falsidades e apoio injustificável à guerra de Putin", acrescentou.

Por sua vez, a ministra dos Negócios Estrangeiros, Mélanie Joly, destacou que "a desinformação russa resultou no sofrimento de milhões", ao mesmo tempo em que acusou o chefe de Estado russo de tentar "manipular a opinião pública".

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus -- , de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia -- foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.110 civis mortos e 11.547 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

DMC // RBF

Lusa/Fim